Vírus

07/10/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:04am

O Brasil é hoje considerado uma grande potência do agronegócio no cenário internacional. As projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o período de 2010/2011 a 2020/2021 mostram que a produção de carnes de frango, bovina e suína deve aumentar 26,5% até o início da próxima década. O volume pode superar 31,2 milhões de toneladas. Essa posição de destaque no mercado externo nos impõe grandes desafios.
Para atender à demanda do mercado internacional e continuar crescendo com competitividade e credibilidade, o país precisa se manter livre de doenças com forte impacto econômico, como a febre aftosa. A Organização Mundial de saúde animal (OIE) tem reconhecido publicamente o empenho do Brasil no controle dessa e de uma série de outras enfermidades. A credibilidade do nosso país foi conquistada à custa de muito trabalho.
Nesta semana, representantes dos setores público e privado, assim como especialistas em defesa sanitária animal de todo o Brasil e do mundo, estiveram reunidos no Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal, o Endesa 2011, na cidade de São Paulo.
Na reunião, o Brasil expôs o trabalho de defesa constante que permitiu que o país não registrasse focos da aftosa durante seis anos e fosse reconhecido pela OIE como zona livre de peste suína clássica.
O caminho que o Brasil está tomando é muito sério. Não podemos impor credibilidade, mas a conquistamos com muito trabalho e determinação do governo ao longo dos últimos seis anos.
O Brasil é um exemplo para o mundo de que podemos vencer essa guerra. Hoje, temos 181 milhões de bovinos em área sem aftosa. Estamos fazendo o dever de casa, mas existe o desafio externo. Sabemos que essa é uma batalha em que não se triunfa sozinho; por isso, o programa oficial do Ministério da Agricultura atua em parceria com os serviços veterinários estaduais e com a iniciativa privada.
As ações do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção contra a Febre Aftosa buscam fortalecer a estrutura dos serviços veterinários oficiais em todo o país. Hoje, temos mais de 5.000 médicos veterinários, 9.000 assistentes técnicos e 6.000 assistentes administrativos.
Mesmo aqueles que não conhecem bem o setor tiveram a oportunidade de comprovar, recentemente, a importância da atuação desses profissionais.
Desde a notificação do foco de febre aftosa no Paraguai, o governo brasileiro adotou uma série de medidas para impedir a entrada do vírus em território nacional. Tais ações estão diretamente relacionadas ao trabalho desenvolvido pela Secretaria de Defesa Agropecuária, que mantém um bom diálogo com as agências estaduais.
Esse é também um dos principais objetivos do encontro realizado nos últimos dias, que busca harmonizar, sincronizar os procedimentos técnicos relativos aos programas sanitários oficiais. Dentro dessa perspectiva, o evento abriu espaço para os relatos de representantes dos serviços de sanidade oriundos do Brasil mas também da Austrália, da Argentina, dos Estados Unidos, do Uruguai e do Paraguai.
A presença desses países no Endesa é prova de que nosso país mantém uma conduta de transparência, credibilidade, história na defesa sanitária animal que nos dá sustentação ao mercado.
Fica registrado aqui nosso compromisso à frente do Ministério da Agricultura: manter o que conquistamos e avançar ainda mais. Não apenas dentro do país, mas buscando atuar com nações parceiras na busca de envolvimento em organismos internacionais.
Nosso objetivo agora é avançar no território brasileiro para fazer dele um perímetro completamente livre de aftosa até o ano de 2013.