vigilância
09/03/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:20am
Estimativa aponta que 2,5 milhões de bois são abatidos ilegalmente por ano.
Operação começa após o carnaval mapeando municípios com vigilância.
Órgãos públicos de Mato Grosso iniciam após a semana de carnaval uma operação que pretende acabar com o abate clandestino de bois. O estado tem cerca de 28 milhões de cabeças de gado, o número mais alto no Brasil, mas estimativas extra oficiais apontam que 2,5 milhões de animais são abatidos todos os anos de maneira ilegal.
Segundo Valney Souza Corrêa, presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), a situação ilegal de abatedouros reflete em prejuízos para a população, como a possibilidade de transmissão de doenças como a tuberculose e outras infecções alimentares, além da contaminação de rios e córregos por falta de cuidados básicos.
Muitas vezes, municípios não têm abastecimento de carne de origem e acabam fomentando a prática ilegal", diz Corrêa. "Queremos minimizar ou até erradicar o abatimento ilegal, que é feito de forma brutal e primitiva, resultando no sofrimento do animal. Isso vai depender da colaboração das vigilâncias sanitárias municipais".
Na prática, o Indea definirá o combate aos abatedouros ilegais como prioridade para 2011 e deverá receber uma equipe extra de 112 servidores que receberão treinamento específico para atuar no processo. A iniciativa começa com um mapeamento dos municípios que têm vigilância própria, o que dificulta atividades irregulares.
A instrução será sacrificar animais que estejam sendo transportados sem documentação de origem, de acordo com Corrêa. "Não se sabe se eles foram vacinados", diz. "A informalidade também oferece péssimas condições de trabalho e expões as pessoas à doenças".