Vagas em concurso da Anvisa são foco de ofício do CFMV e do CRMV-RJ

Um possível desequilíbrio no preenchimento de vagas em concurso público da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está no radar do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), que protocolou nesta sexta-feira (26), um ofício na sede da agência, em Brasília, solicitando ajustes na realização do processo seletivo. A entidade abriu 50 vagas para o concurso, mas médicos-veterinários podem concorrer em apenas cinco delas em ampla concorrência com profissionais de Biologia, Enfermagem, Odontologia, Biomedicina e Fisioterapia.

A partir do modelo desenhado para o certame, a presidente do CFMV, Ana Elisa Almeida, sinalizou que, sem a criação de vagas específicas, médicos-veterinários podem não ser selecionados. “Considerando que o concurso apresenta apenas cinco vagas para seis profissões diferentes, é certo que não haverá ocupação por todos os profissionais elencados e não há garantias de que algum dos selecionados seja da Medicina Veterinária”, ponderou Ana Elisa Almeida.

A presidente do CFMV demonstrou preocupação com a possibilidade de condições desiguais de concorrência. “Na hipótese de não haver classificação de médicos-veterinários, haverá prejuízo no desenvolvimento de políticas e estratégias da Anvisa em diversas áreas”, ponderou Ana Elisa Almeida, que esteve na sede da agência acompanhada pelo presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro, Diogo Alves.

Entre as atribuições técnicas e legais de médicos-veterinários destacadas no documento enviado à Anvisa estão a fiscalização dos produtos de origem animal, o estudo e a aplicação de medidas de saúde pública, o desenvolvimento de medicamentos e vacinas para humanos, a fiscalização de alimentos, o controle de medicamentos, o combate à resistência microbiana, o combate ao uso indiscriminado de medicamentos de uso veterinário e a radioproteção.