Universidades

22/09/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:25am

Nenhuma universidade brasileira ou sul-americana aparece no ranking de melhores universidades do mundo 2010-2011, na sétima avaliação da Times Higher Education(THE), do jornal britânico The Times. Dentre todos os continentes, a América do Sul é o único que ficou sem participação na lista, que inclui 200 instituições ao redor do planeta, dividido em seis regiões: América do Norte, América do Sul, Ásia, África, Oceania e Europa.

Dentro da América do Sul, a Universidade de São Paulo (USP) é a primeira colocada este ano, em 232º lugar, segundo informação divulgada pelo jornal Folha de São Paulo. Caso comparado com anos interiores, o desempenho em relação à competição caiu, já que em 2009 a colocação da USP nessa mesma pesquisa foi de 207ª e, em 2008, foi 195ª, de acordo com informações do portal da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). A Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), por outro lado, passou de 249º lugar em 2008 e após queda em 2009, quando ficou em 295ª colocação, passou para 248ª colocada na atual edição.

Do ranking de 200 melhores universidades classificadas, 82 estão na Europa, 81 na América do Norte (sendo 72 nos Estados Unidos e 9 no Canadá), 27 na Ásia, oito na Oceania e duas na África. Das 20 melhores universidades do planeta, nada menos que 15 estão nos Estados Unidos. Harvard foi eleita a melhor universidade do mundo.

No site da avaliação da THE, há as principais considerações sobre o desempenho de cada continente, além da tabela. O que chama a atenção quando se busca o resultado da América do Norte, contudo, é o fato de não haver tabela alguma, e sim um texto de análise de Phil Baty, editor responsável pela cobertura internacional da revista. Na análise, cujo título é “The goals wil come” (Os resultados virão), ele defende que "diferentemente dos times de futebol, as universidades da América do Sul não fizeram alarde no mundo. Mas o Brasil parece propenso a conseguir alguns sucessos em breve".

Na matéria, em que entrevista o diretor do International Center of Higher Education da Universidade de Boston, Philip Altbach, são citadas a USP e a UNICAMP como instituições de alto nível, com regime de dedicação integral, doutorados, pesquisa e investimentos satisfatórios. Dentre as dificuldades das universidades latino-americanas, contudo, ele cita a falta de fundos adequados, politização, burocracia, estrutura administrativa pesada e falta de regime de dedicação em tempo integral nas faculdades.

Área de conhecimento – Os resultados por área de conhecimento sairão a partir do dia 23 de setembro. Ano passado, a USP ficou em 92º lugar no ranking da área de Ciências da Saúde. Em Ciências Naturais, a Universidade de São Paulo teve o 130º melhor resultado do mundo em 2009, e a Unicamp ficou com a 160ª colocação.

Metodologia – Para a atual avaliação, a estrutura de análise foi ampliada. No lugar de seis indicadores, agora são 13, divididos em cinco categorias: ensino – ambiente de aprendizado (peso 30%); pesquisa – volume, quantidade e reputação (30% de peso); citações – influência da pesquisa (32,5%); rendimento industrial – inovação (2,5%) e internacionalismo – pessoal e estudantes (5%).