UE
10/03/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:20am
Durante a conferência da European Milk Board (EMB), ocorrida em Dublin em 22 a 24 de fevereiro, chegou-se a um forte consenso sobre a necessidade de grupos representantes alterarem o formato pela qual os preços do leite são calculados e pagos, bem como a necessidade absoluta de supervisionar e regulamentar o mercado a nível de União Europeia (UE).
Os representantes dos produtores de leite de 14 diferentes países concordaram que a agência de monitoramento a nível da Europa precisa ter o poder de supervisionar os custos de produção, preços, bem como a oferta e a demanda. Essa agência determinaria se os preços aos produtores estão cobrindo os custos de produção e garantiriam esse objetivo através da fixação de "faixas de preços" que determinaria os volumes a serem produzidos.
Considerando as posições completamente desiguais na cadeia de fornecimento de lácteos (produtores, processadores, varejo e consumidores) e a importância da produção de lácteos para a sociedade europeia, essa agência se torna absolutamente vital. Os produtores na conferência disseram que, se quiserem garantir a contínua existência da sustentabilidade da produção de lácteos na Europa, os representantes dos consumidores devem também fazer parte da agência de monitoramento.
Cooperativismo
A classificação de cooperativas de lácteos também foi outro assunto discutido. "Atualmente, muitas delas operam em mercados internacionais e transferem áreas de negócios. Membros de cooperativas de lácteos frequentemente não têm nenhuma influência na estratégia de negócios. Isso deveria desqualificar as cooperativas de serem consideradas como grupos de produtores e se garantido status especial designado no documento da Comissão", disse a vice-presidente da EMB, Sieta van Keimpema.
"Essas cooperativas de lácteos não são grupos de produtores como são as indústrias transformadoras, que estão realmente interessadas em baixos preços do leite cru. Então, os produtores – independentemente se são membros de uma cooperativa ou fornecedores de uma propriedade privada – precisam ter o direito e a possibilidade de se unir a grupos de produtores puros e independentes", disse ela.