Transporte em questão
07/05/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:27am
Cada produtor de equídeos, em Minas Gerais, pode utilizar agora uma única Guia de Trânsito Animal (GTA) para fazer a movimentação de um lote com diversas espécies. A utilização desse sistema foi autorizada pelo Ministério de Agricultura, a pedido da Câmara Técnica de Equideocultura do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), criada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Antes da autorização era necessário apresentar um documento para cada grupo de animais da mesma espécie destinados a evento ou à comercialização no Estado. A emissão das guias e a fiscalização do transporte dos animais é responsabilidade do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que instruiu seus fiscais nas barreiras do Estado para adotarem o novo sistema, permitindo a passagem de equídeos (cavalos, mulas, jumentos, pôneis) mediante a apresentação da guia única, quando pertencerem a um só proprietário e forem transportados na mesma carreta.
A GTA é um documento de fundamental importância no trabalho do IMA para a defesa sanitária no Estado. Constam do documento indicações sobre a procedência e o destino dos animais, bem como o registro das vacinas e exames a que foram submetidos. Esse conjunto de informações facilita o trabalho de rastreamento no caso de ocorrência de doenças. A guia é emitida pelo serviço oficial de defesa sanitária ou por médico veterinário habilitado pelo Ministério da Agricultura. Esse profissional tem a liberdade de escolher o escritório do IMA que vai fornecer o formulário, mas fica vinculado àquela unidade para facilitar as ações caso seja necessário um programa de rastreamento do instituto.
Lindomar Antônio Lopes, assessor técnico operacional da Secretaria Executiva do Cepa, e Ronaldo Miranda de Albuquerque, responsável pela Coordenadoria de Apoio de Alteração Fiscal do IMA, consideram que o principal efeito positivo da nova medida será a redução de custos para o produtor ao movimentar seus animais até exposições agropecuárias, leilões e outros eventos. “No entanto, se o caminhão transportar animais de produtores diferentes, cada um deles terá de apresentar a GTA referente às espécies de sua propriedade”, ressalta Albuquerque.
De acordo com Albuquerque, a utilização da guia única representará também redução da burocracia, economia de tempo e menos gastos de papel para atender ao controle do trânsito de animais.
O presidente da Câmara Técnica de Equideocultura, Magdi Shaat, concorda com essas estimativas e observa que “a inclusão de espécies diferentes numa mesma Guia de Trânsito Animal (GTA) para equídeos foi uma grande vitória”. Shaat, que também preside a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, sediada em Belo Horizonte, diz que, para os pequenos criadores, a redução nos custos de transporte de animais será significativa.