Suspeita

10/04/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:50am

Dois pôneis que viviam no loteamento Nova Morada, bairro da Várzea, no Recife, foram mortos, no último sábado (7), e o veterinário que os atendeu suspeita de envenenamento através da ração, que teria sido colocada no terreno onde estavam os animais por outra pessoa que não os donos. Além dos dois mortos, outros três pôneis também foram vítimas mas, socorridos a tempo, passam bem. Os proprietários disseram que vão prestar queixa do caso, para dar início a uma investigação policial.

O veterinário José Vieira conta como foi o atendimento aos animais. “Fiz o exame clínico nos cinco e, pela sintomatologia clássica, diagnostiquei que foi envenenamento. O correto seria fazer a necrópsia, mas no final de semana não tem laboratório funcionando. Eu vou fazer um laudo para entregar aos proprietário esta noite”, disse o profissional.

Os sintomas apresentados pelos pôneis foram frequência cardíaca muito elevada, mucosas oculares muito avermelhadas e inchadas, gengiva e língua em tom arroxeado, sudorese e salivação excessivas – segundo José Vieira, todos sinais característicos de intoxicação violenta.

Os animais eram criados em um terreno baldio do bairro. “Quando soube do envenenamento, trouxe remédio antitóxico para os primeiros socorros e, junto com o veterinário, conseguimos salvar três pôneis”, afirma Jaime Moura, dono de quatro dos cinco animais.

No sábado, os cuidadores deram banho nos animais e, como sempre fazem, soltaram os bichos pelo bairro, que tem muitos terrenos desocupados e parece um sítio. Cada um dos animais morreu em uma rua diferente – Robinho e Chiquitinha, que estava prenhe.

“Robinho era um dos favoritos para a grande corrida de pôneis do Jockey Clube de Pernambuco, no próximo domingo. Com o laudo em mãos, nós vamos registrar queixa na polícia”, afirma o radialista Chico Mendonça, dono do animal.

“Eu não posso afirmar qual foi a substância, mas suspeito que alguém, de má fé, colocou veneno na ração. Esses pôneis vivem nesse terreno há alguns anos, nunca tiveram problemas com plantas tóxicas, então acho realmente que foi algo externo. Os dois que morreram comeram mais que os outros, acabaram salvando os outros”, aponta José Vieira.