Suínos

17/08/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:25am

Uma pesquisa desenvolvida dentro da Universidade Estadual de Londrina (UEL) vem apresentando resultados interessantes para os criadores de suínos. O trabalho, fruto de um projeto de mestrado orientado pela professora Ana Maria Bridi, doutora do Centro de Ciências Agrárias da UEL, e executado por sua orientanda Marina Avena Tarsitano, visa melhorar a qualidade da carne suína, diminuindo a quantidade de gordura da carcaça, evitando algumas anomalias decorrentes do estresse pré-abate.

Essa melhora, com relação ao stress, foi obtida por meio da inclusão de 0,3% de óxido de magnésio na ração dos animais. Esse nível da substância atua como um repartidor de nutrientes, melhorando as características da carcaça, ou seja, aumenta a quantidade de carne magra e diminui a quantidade de gordura fazendo com que os animais também aumentem o ganho de peso diário. Com isso, notou-se uma melhora na capacidade de retenção de água da carne, aumentando o rendimento tecnológico do produto. “Tínhamos algumas opções de substância, mas optamos pelo óxido de magnésio, pois é barato e fácil de se encontrar. De nada adianta criar uma tecnologia se os produtores não vão poder utiliza-la pelo custo elevado”, explicou Ana Maria.

A pesquisa, que se iniciou há dois anos, foi testada ano passado por meio da aplicação de doses crescentes do óxido durantes os sete dias antes do abate. O resultado acabou se mostrando uma equação quadrática, os resultados foram apresentando melhoras até chegar nos 0,3%, ponto máximo, depois dele os resultados acabavam piorando. A piora era caracterizada pela forte diarréia que atingia os suínos.

“Nenhum estudo anterior tinha conseguido chegar em um resultado tão preciso como o nosso. Antigamente as pesquisas apresentavam dois níveis: um extremamente baixo e um extremamente alto”, explica Marina. Por isso as pesquisadoras vão repetir esse trabalho usando os minerais quelatados, ou seja, minerais que estão juntos com uma molécula orgânica. Alguns animais serão colocados sob situação de stress e outros não, para ver se, numa situação crítica, o produto se manifesta de uma forma melhor.

Texto: Guilherme Feijó, participante do projeto “Atividades práticas de radiojornalismo educativo e agência de notícias” (UEL).