Senado comemora os 70 anos do Panaftosa com sessão especial
30/08/2021 – Atualizado em 30/10/2022 – 9:01pm
Em sessão plenária especial, o Senado Federal homenageou os 70 anos de criação do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (Panaftosa), da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS).
Atendendo ao requerimento do senador e médico-veterinário Wellignton Fagundes (PL-MT), o septuagenário órgão especializado de serviço veterinário foi celebrado por apoiar os países do continente americano no combate à febre aftosa, doença animal endêmica que, na década de 1950, afetava o rebanho e a competitividade da pecuária brasileira no mercado internacional.
A sessão foi presidida pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), substituindo Fagundes, que estava em trânsito no horário da cerimônia. “É o reconhecimento de uma ação coordenada e de amplitude continental, focada no controle e contenção do vírus que dissemina a doença, com uma rede de laboratórios de diagnóstico, um sistema de vigilância e informação, capacitação e desenvolvimentos dos recursos humanos dos serviços veterinários e uso massivo e sistemático de vacinação”, reconheceu Lucas, na abertura do evento.
Com uma política severa e a regionalização das ações, o senador lembrou que o Brasil obteve, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em 1988, o reconhecimento da primeira zona livre aftosa com vacinação, título que hoje se estende a 23 unidades da Federação, das quais sete são reconhecidas como zonas livres de febre aftosa sem vacinação. Acrescentou que, desde 2006, não há registro da doença no Brasil, mesmo com um rebanho com 215 milhões de bovinos e 17 mil quilômetros de fronteiras com dez países.
“Como resultado do Panaftosa, hoje nos concentramos não mais na erradicação, mas na prevenção, na vigilância, na promoção da saúde animal e na inocuidade dos alimentos. É uma história de sucesso que merece ser lembrada, comemorada, homenageada e estendida a todos que colaboraram para elevar o padrão sanitário da nossa pecuária e ampliar o alcance dos nossos mercados”, frisou Lucas.
O presidente da Academia Brasileira de Medicina Veterinária, Josélio de Andrade Moura, também lembrou a importância da erradicação da enfermidade para a economia. “A aftosa é uma doença econômica e a organização do meio rural fez com que o Brasil superasse a doença, chegando à fase de vigilância permanente”, afirmou. “Devemos estar devidamente atentos e com plano de contingência para controlar a doença e manter o status de livre da aftosa sem vacinação e de grande exportador da cadeia de proteína animal devidamente organizada”, completou Moura.
A sessão ainda contou com a participação do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal; do diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis e Análise de Saúde da Opas, Marcos Espinal; do diretor do Panaftosa, Ottorino Cosivi; e do vice-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Ricardo Nascimento.
Assessoria de Comunicação do CFMV