Segundo dia do seminário do CFMV reforça compromisso com qualidade, avaliação e inovação no ensino veterinário
10/04/2025 – Atualizado em 13/04/2025 – 7:02am
O segundo dia do 26º Seminário Nacional de Educação da Medicina Veterinária, realizado nesta quinta-feira (10), em Brasília, teve como foco principal a implementação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) e os desafios de avaliação e acompanhamento da qualidade no ensino da Medicina Veterinária.
A presidente da Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária (CNEMV), Maria Clorinda Soares Fioravanti, abriu os trabalhos apresentando as novas diretrizes aos coordenadores de curso e destacou a importância da participação ativa das instituições. “As DCNs são um instrumento de aprimoramento da formação. O compromisso com sua implementação não é apenas uma exigência normativa, mas uma responsabilidade com a sociedade que receberá esses futuros profissionais”.
Na roda de conversa sobre a implementação das DCNs, os professores Carlos Alberto Palmeira Sarmento (UniPio), Ederson Bisognin Bortolotto (UNOESC), José Ricardo de Souza (UFMT) e Maria José de Sena (UFRPE) compartilharam experiências e esclareceram dúvidas comuns aos cursos, reforçando a necessidade de articulação entre teoria e prática, além da valorização da extensão e da interdisciplinaridade.
A professora Maria José de Sena voltou a destacar a urgência de fortalecer os mecanismos de acompanhamento da formação. “Implementar as DCNs é um passo fundamental, mas precisamos de um sistema robusto de avaliação para garantir que a formação corresponda às exigências de uma profissão que lida com vidas e com a saúde pública”.
Autoavaliação e planejamento estratégico
Na parte da tarde, o professor Rinaldo Aparecido Mota, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, apresentou a palestra “Despertando a cultura da pesquisa, da autoavaliação e do planejamento estratégico – ferramentas para a melhoria da qualidade do ensino”. Ele defendeu a adoção de uma cultura institucional orientada à melhoria contínua, baseada em dados e no envolvimento de toda a comunidade acadêmica.
“Planejar é fundamental, mas é preciso avaliar, refletir e ajustar. A autoavaliação crítica e transparente é o caminho mais eficiente para que os cursos formem profissionais cada vez mais preparados para os desafios atuais”.
Curricularização da extensão
Encerrando o evento, a professora Luciana Del Rio Pinoti, da Universidade Estadual Paulista (Unesp – Araçatuba), conduziu a palestra “Exemplificando a Curricularização da Extensão”, na qual apresentou experiências bem-sucedidas de integração entre a formação acadêmica e a atuação junto à comunidade.
“A curricularização da extensão é uma oportunidade de formar médicos-veterinários com consciência social, sensibilidade e capacidade de atuação em diferentes realidades. É levar o estudante para fora da sala de aula, com propósito”, definiu.
A roda de conversa foi mediada pelos professores Carlos Alberto Palmeira Sarmento e Ederson Bisognin Bortolotto, que também destacaram a importância de registrar e avaliar as atividades de extensão como parte do processo formativo. Com dois dias de intensa programação, o seminário reafirmou o papel do CFMV e da CNEMV como protagonistas no apoio à qualificação do ensino da Medicina Veterinária no Brasil.
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