Saúde Única: CFMV participa de Congresso Mundial sobre Leishmaniose

12/06/2017 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:45am

 Por Carolina Menkes

O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) esteve presente no 6º Congresso Mundial sobre Leishmaniose, em Toledo, na Espanha, de 16 a 20 de maio. O evento abordou aspectos científicos e políticos atuais sobre a doença, além de pesquisas para seu controle e eliminação. 

“A Leishmaniose Visceral, por ser um sério problema de saúde pública, é assunto recorrente nas demandas do CFMV. Precisamos estar sempre atualizados na busca por respostas que promovam a Saúde Única e o bem-estar das populações humana e animal”, afirmou a presidente da Comissão Nacional de Saúde Pública (CNSPV) do CFMV, Sthenia Amora, que esteve presente no evento.

Na ocasião foram apresentados os principais resultados sobre a situação das leishmanioses (visceral e cutânea) em todo o mundo, com destaque para os países com maior índice da doença, que incluem Índia, China, Sudão, Etiópia, Espanha e Brasil. Atualmente, nas américas, 79% das leishmanioses se concentram no Brasil, Peru e Colômbia.

Também foram apresentados estudos realizados pela Organização Pan-americana da Saúde (Opas), com destaque para dados da distribuição epidemiológica das leishmanioses nas Américas.

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               Sthenia Amora (CNSPV/CFMV). Foto: Arquivo pessoal

Segundo Amora, a Opas desenvolveu um plano de ação de prevenção e controle da doença para o período de 2017 a 2022, além de um programa de performance em diagnóstico microscópico para os laboratórios públicos de referência para controle da Leishmaniose Cutânea nas américas. “Foi demonstrada ainda uma plataforma que será disponibilizada pela Opas para uso dos laboratórios de referência em leishmanioses nas américas para otimizar e unificar o fornecimento das informações sobre a doença”, acrescentou a presidente da CNSPV/CFMV.  

Amora destacou ainda a divulgação de estudos sobre leishmanioses em gatos. Segundo ela, entre 1977 e 2004 havia apenas 23 pesquisas publicadas, e entre 2007 e 2016 o número subiu para 63. Amora ressalta, no entanto, que o Ministério da Saúde ainda não incluiu a espécie como reservatório de leishmanioses. 

“O evento foi muito rico, já que foram destacados diferentes protocolos de tratamento para a LV e LC humana, incluindo estudos pilotos que estão sendo desenvolvidos no Brasil, além de apresentados estudos que demonstram a identificação de outras espécies de leishmânia que também podem ser agentes das doenças”, completou. 

 

Assessoria de Comunicação do CFMV