Saúde

15/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:49am

Os animais usados no experimento de um doutorando de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) deverão ser bem tratados, passar por nova cirurgia e encaminhados à doação. A determinação foi divulgada pelo reitor Felipe Müller, após reunião com a Comissão de Ética em Uso de Animais (Ceua) da instituição, na tarde de ontem.

Também na segunda-feira, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) notificou a universidade com pedido de informações sobre a aprovação da pesquisa pela comissão. O projeto do doutorando Cristiano Gomes, sob orientação do professor Ney Luis Pippi, consistiu em retirar parte de mandíbulas de cães cobaias saudáveis para fazer a reconstituição com placas de titânio. Os dois negam maus-tratos.

Ontem, Pippi enviou carta ao Diário de Santa Maria ressaltando a importância da pesquisa. "Podemos afirmar que jamais infligimos maus-tratos a qualquer animal – pelo contrário, sempre pautamos nossas atividades didáticas e de pesquisa dentro dos princípios da ética e conforme o que prevê a lei (…) que regulamenta a utilização de animais para uso didático e científico", diz parte do documento.

O método seria usado no tratamento de câncer de boca de cães. No começo da tarde de ontem, os 11 membros da Comissão de Ética da UFSM estiveram reunidos por uma hora e 40 minutos. Em uma nota oficial, eles informaram que a comissão irá averiguar os fatos que envolveram os procedimentos da pesquisa. "A Ceua recomendou ao coordenador do projeto que os implantes sejam retirados", diz trecho da nota.