Rio+20

14/06/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

Presidente mandou um recado para os países europeus afirmando que é possível crescer com sustentabilidade e ressaltou que o Brasil registrou um crescimento econômico de 40% desde 2003, sem nunca ter abandonado três eixos principais, que são a preservação, a inclusão e a integração
A presidente Dilma Rousseff abriu ontem o Pavilhão do Brasil, no primeiro dia da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Em seu discurso, ela lançou um alerta sobre a necessidade de um compromisso entre todos os países do mundo para alcançar metas de desenvolvimento sustentável, principalmente as nações desenvolvidas que enfrentam crise em suas economias. Dilma mandou também um recado para os paises europeus afirmando que é possível crescer com sustentabilidade e ressaltou que o Brasil registrou um crescimento econômico de 40% desde 2003, sem nunca ter abandonado três eixos principais, que são a preservação, a inclusão e a integração.

"Nos queremos mostrar as conquistas alcançadas e nosso compromisso com a redução da miséria ao mesmo tempo que vemos países avançados sofrendo revezes." E disse: "não consideramos que o respeito ao ambiente só se dá em fase de expansão do ciclo econômico. Pelo contrário, um posicionamento pró-crescimento, de preservar e conservar é intrínseco à concepção de desenvolvimento, sobretudo diante das crises", afirmou. Dilma ressaltou que "o ambiente não é um adereço, faz parte da visão de incluir e crescer porque em todas elas nós queremos que esteja incluído o sentido de preservar e conservar". A presidente acrescentou que os compromissos apresentados durante a Rio+20 foram assumidos "voluntariamente". "Consideramos que a sustentabilidade é um dos eixos centrais da nossa conviccção de desenvolvimento", destacou. O Pavilhão do Brasil conta com uma estrutura de 4.000 metros quadrados construída com contêineres reaproveitáveis e abriga uma exposição multimídia sobre programas e proje
tos dos ministérios e órgãos governamentais. No local também serão realizados debates e palestras. No espaço que circunda o pavilhão, há quatro áreas de exposição de programas de inovação, tecnologia sustentável e inclusão social, como o programa Minha Casa, Minha Vida, Água Doce e Cultivando Água Boa e produtos da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Além do Brasil, dezenas de países montaram estandes e pavilhões para apresentar ações e iniciativas sociais, econômicas e ambientalmente sustentáveis no Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca, zona oeste, em frente ao Riocentro, principal sede das reuniões da conferência. No dia 20, a presidente deve voltar à cidade do Rio, quando se reunirá com chefes de Estado até o dia 22, último dia da conferência.

ESGOTO – Um vazamento de esgoto logo na entrada do Forte de Copacabana, zona sul do Rio, incomodou os visitantes e convidados que chegavam para participar do Humanidade, um dos eventos paralelos da Rio+20. O esgoto escorria pelo caminho por onde passava o público, deixando forte cheiro. Segundo a Cedae, companhia de água e esgoto do Rio, o problema foi causado pelo mau uso que os visitantes fazem dos sanitários, jogando neles papéis e absorventes que acabam por entupir as tubulações – o Humanidade recebeu mais de 8.000 pessoas na terça, em seu primeiro dia, e estima receber uma média 10 mil por dia. Na grande estrutura de quatro andares montada para abrigar as exposições e debates do evento há dois pontos que concentram os banheiros públicos, mais alguns sanitários espalhados.