Restrições

17/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:49am

O atraso nos processos relacionados ao combate da febre Aftosa começa a ter impactos no Rio Grande do Norte.

Iniciando a fase de análise sorológica dos rebanhos, os estados do Ceará e Pernambuco já impõem restrições ao trânsito de animais potiguares em seus territórios. Com as barreiras, os criadores locais ficam obrigados a submeter o Rebanho à quarentena caso queiram entrar e comercializar dentro das federações na fase de sorologia. A Paraíba vive a mesma situação do RN em nível de Nordeste. Por outro lado, além de Ceará e Pernambuco, os estados de Alagoas, Piauí e Maranhão também avançam.

A imposição de barreiras foi pedida em uma Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como condição para a realização da sorologia. Na prática, as barreiras para o trânsito de
animais acarretam em três efeitos negativos: "tempo, burocracia e custo alto", explica Evádio Pereira, chefe da
divisão de Defesa Agropecuária do Mapa no RN.

Isso porque na quarentena o animal precisa ficar sob análise sorológica durante 30 dias. Cabe ao criador bancar a alimentação e sorologia nesse tempo. O trâmite burocrático para solicitar a entrada do Rebanho em outro estado é mais um peso. Diante dos novos empecilhos, Evádio Pereiran avalia que dependendo do caso, nem vale a pena para o criador levar os animais para os estados em sorologia. "Acho que só vai acontecer com animais de grande linhagem", afirma.

Evádio Pereira pondera que tem ocorrido um avanço importante na estrutura do Instituto de Defesa Agropecuária e Inspeção Animal (Idiarn), órgão coordenador das ações relacionadas à febre Aftosa. O Idiarn corre contra o tempo
para atender pedidos do Mapa, que em auditoria realizada no início do ano constatou uma série de deficiências responsáveis pelo atraso no avanço do estado.