redução
28/06/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am
Em nota divulgada na terça-feira (26/05) pela Agência Brasil, o governo antecipou que, entres as principais medidas que serão anunciadas na quinta-feira (28/06), durante o lançamento oficial do Plano Safra 2012/2013, está a redução em 1,25% da taxa de juros de referência das operações de crédito rural, passando dos atuais 6,75% para 5,5% ao ano. Além de ampliar os recursos destinados aos médios produtores e às cooperativas.
Ocepar – Para o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, esta redução de juro atende um dos pleitos apresentados pelas cooperativas paranaenses em conjunto com outras entidades do setor produtivo, durante encontro realizado em Curitiba, no dia 7 de maio, com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, organizado pela Seab, Faep e Ocepar. Na ocasião, o presidente da Ocepar fez um detalhado relato ao ministro: "em 2005, a taxa Selic era de 19,12% ao mês, enquanto os juros do crédito rural eram de 8,75%; em 2007, enquanto a Selic estava em 11,85%, os juros do crédito rural estavam em 6,75%. Agora, a média desse ano da Selic é de 8,5% e deve cair para 8% e nós continuamos com juros em 6,75%. Ministro, vamos brigar pela redução da taxa de juros para os agricultores", sugeriu. Ele também solicitou apoio do Mapa para que setores como a Avicultura e a Suinocultura possam ser beneficiados com a desoneração de 20% da folha de pagamento, a exemplo do que já está ocorrendo com
outros segmentos da indústria. Koslovski entregou a Mendes Ribeiro uma proposta de criação de uma linha de financiamento de crédito operacional específico para as cooperativas, com limite de até 20% do faturamento. O encontro com o ministro foi acompanhado pela diretoria da Ocepar, que realizou sua reunião mensal durante o evento.
Outras prioridades – O documento entregue ao ministro Mendes Ribeiros elenca alguns medidas considerados prioritárias pelos cooperativistas, como melhorias nas linhas do Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária) e do Procap-Agro(Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias), a criação de uma linha de financiamentos de crédito rotativo e mais empenho do governo federal na subvenção ao prêmio do seguro rural, além da redução de juros nos financiamentos. "Não há mistério, são propostas viáveis e, muitas delas, já foram implementadas em outros países com resultados positivos para a manutenção de renda no campo, amenizando distorções como preços abaixo dos custos de produção, falta de acesso ao seguro rural e à financiamento, entre outros, que causam prejuízos e instabilidade", explica Koslovski.
Garantia de renda – Segundo o dirigente, para garantir renda é preciso existir seguro rural consistente e acessível para danos causados por questões climáticas; fundo garantidor de crédito para dar condições de financiamento aos produtores e seguro de renda baseado num valor referencial dos produtos, que cubra os custos de produção e garanta uma margem de rentabilidade aos agricultores. "Com uma política de garantia de renda, o governo não precisaria mais fazer leilões e compras emergenciais de estoques para gerar liquidez e evitar prejuízos vultosos ao setor agropecuário. E, principalmente, teríamos uma política agrícola duradoura e estável", afirma o presidente da Ocepar.
Plano Safra – As principais medidas do novo Plano Safra foram definidas nesta terça-feira (26/06), após encontro dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, com a presidenta Dilma para fechar os últimos detalhes. Também foi anunciado que o governo vai disponibilizar na safra 2012/2013, com início em julho, R$ 115,2 bilhões em crédito à agricultura empresarial. O valor é 7,4% maior do que o destinado ao setor no ciclo 2011/2012, R$ 107,2 bilhões. O Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 será anunciado pela presidenta Dilma Rousseff nesta quinta-feira (28), às 10h, no Palácio do Planalto.