Reconhecimento

08/07/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:26am

O Uruguai voltou a ser certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como país livre de febre aftosa com vacinação e manteve a melhor classificação com relação à Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da "vaca louca", o que permitirá comercializar com países mais exigentes.

Até o momento, a OIE reconhece o Uruguai como país livre de aftosa com vacinação. O Uruguai é o único país do mundo com essa condição, posto que o resto somente tem zonas ou regiões livres da doença e, alguns países livres sem vacinação, como Japão e Coreia, perderam sua condição.

O Uruguai também manteve a melhor categoria para a doença da "vaca louca", o que lhe permite exportar farinha de carne e animais vivos para Ásia e outros continentes. No grupo dos únicos cinco países que não possuem a doença, entre eles, o Uruguai, agora entraram Peru e Índia.

Possivelmente a partir de setembro a zona de alta vigilância para febre aftosa, integrada por Paraguai, Bolívia, Argentina e Brasil poderá recuperar o mesmo status do país, mas sempre mantendo as medidas de prevenção. Essa zona foi criada há anos para prevenir o avanço da aftosa na América do Sul.

"Esta zona tem um status diferente do resto do país e isso leva a um castigo que acaba sendo injusto para os produtores dessas zonas, que hoje têm melhores condições de controle que o resto", disse o presidente da OIE, Carlos Correa Messuti.

Para evitar esse prejuízo aos produtores e incentivar a prevenção do aparecimento da doença, o Comitê Veterinário Permanente (CVP) negociou com a OIE "a possibilidade de que essa zona de alta vigilância recupere o status que tem o resto do país (deixe de ser zona com aftosa)", disse ele, que é uruguaio e que, durante dois anos mais, presidirá a OIE.

"Contar com o reconhecimento de status sanitário por parte da OIE é um plus para o comércio", disse ele. Considerando que esse benefício, que somente 176 países do mundo que são membros da OIE podem desfrutar, é que se analisa ampliar as certificações a outras doenças. Hoje, somente funcionam para febre aftosa e vaca louca, mas pensa-se incorporar a gripe aviária, a peste suína e outras doenças que afetam equinos.