Prevenção
24/06/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:26am
O Sistema Faeg/Senar e a Superintendência Federal de Agricultura de Goiás (SFA) darão início, nesta quarta-feira (23), a uma parceria que irá orientar pecuaristas de corte e leite sobre os riscos da Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida popularmente como “mal da vaca louca”. Durante a reunião mensal da Comissão de Pecuária de Leite da Faeg, hoje (23), às 14 horas, na sede do Sistema Faeg/Senar (veja endereço abaixo), será lançada a cartilha "Como evitar a doença da vaca louca no Brasil" e apresentados os cronogramas para ampliar as ações conjuntas de orientação. A imprensa será recebida nesta ocasião.
De acordo como o presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Faeg, Antônio da Silva Pinto, as duas entidades já vêm promovendo ações individuais de orientação aos produtores. “A parceria quer atingir um maior número de pecuaristas e esclarecer aos produtores rurais quais os riscos da doença no Brasil, o que deve e o que não deve ser adotado no manejo dos animais, sobretudo na alimentação”, explica Antônio. Mudanças na legislação sanitária estão impulsionando essa parceria.
Com a publicação da Instrução Normativa (IN) nº 41, foi instituído novos procedimentos sanitários para mitigar o risco de introdução da doença no país. A mudança na legislação veio em um momento no qual o Brasil caiu no ranking da Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), quanto ao risco de contaminação do mal da vaca louca no rebanho brasileiro. Antes o País se encontrava no status de Risco Insignificante/Desprezível, hoje o Brasil está no Risco Controlado. Na mesma classificação encontram-se países que tiveram problemas com a disseminação da doença em seu território, como Estados Unidos e Canadá.
Sintomas da doença
Os sintomas da Encefalopatia Espongiforme Bovina, ou mal da vaca louca, são desordens comportamentais causadas por alterações do estado mental (apreensão, nervosismo, agressividade), falta de coordenação dos membros durante a marcha e incapacidade de se levantar. O animal afetado deixava de se alimentar e rapidamente perdia condição corporal.
Em duas a três semanas é necessário que o animal seja sacrificado, pois não responde a nenhum tratamento. No início da epidemia, a doença incidia apenas sobre animais adultos, a maior parte entre vacas entre 4 a 5 anos de idade, mas também ocorria em machos. Rebanhos bovinos leiteiros eram mais afetados que os rebanhos de corte. Todas as raças de bovinos eram afetadas.