Prevenção

13/10/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:04am

Em três semanas, a operação preventiva do RS contra a aftosa identificou mais de 300 bovinos irregulares em propriedades de alto risco. O número corresponde a 5,45% do total de 5,5 mil animais inspecionados. A Secretaria da Agricultura (Seapa) argumenta que, na maioria dos casos, o problema é com documentação. Mas a falta de dados sobre a origem destes exemplares expõe mais uma brecha no controle da circulação viral na América do Sul – já debilitado com o foco no Paraguai.

A Seapa admite que a ausência de relatórios das Inspetorias Veterinárias (IVZs) sobre os bovinos não identificados é fruto da falta de cobrança dos dados. Os proprietários do gado sem documentação são multados e têm 48 horas para apresentar explicações, mas, até agora, as justificativas não chegaram à Seapa, em Porto Alegre.

A falta de pessoal é apontada como uma das razões. "Temos que estar no campo para fazer a vigilância, pois a detecção rápida vai ser determinante. O que a gente quer não é saber caso a caso. Como são fiscais de confiança, não cobramos o retorno", explica o veterinário Rodrigo Etges. Contudo, o coordenador do Programa de Febre Aftosa da Seapa, Fernando Groff, garante que, até o momento, não foi encontrado nenhum animal oriundo de descaminho.

Apesar de desconhecer o problema encontrado na transmissão de dados das IVZs para a Seapa, o superintendente do Mapa no Estado, Francisco Signor, reconhece que pode haver falha. Signor ressalta que há orientação sobre como proceder. A Seapa se comprometeu a orientar os técnicos a produzirem relatórios com dados sobre os animais irregulares.