Pesquisa nacional

23/04/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:27am

Os grupos de galinhas naturalizadas em estudo pela Embrapa Meio-Norte são diferentes em variabilidade genética das aves industriais. Esta constatação, feita na pesquisa para a dissertação de mestrado da bióloga Cíntia de Souza Clementino, na Universidade Federal do Piauí- UFPI, vai contribuir com trabalhos para o uso dessas aves em grandes programas de produção.

A dissertação defendida deu a largada para um amplo trabalho de busca de informações sobre conservação e utilização dos recursos genéticos. Esses recursos vão poder tornar a galinha caipira competitiva na geração de renda e na disponibilidade de proteína de boa qualidade.

O trabalho da bióloga, que é bolsista da Embrapa, levou um ano e meio para ser concluído, e abre caminho para novas informações na morfometria, uniformidade, purificação e nas características produtivas dos grupos genéticos em estudo. O resultado, segundo o pesquisador Firmino José Barbosa, vai apontar as primeiras raças de galinhas caipiras do Brasil. “O nosso trabalho tem uma nova visão científica a partir de agora”, festeja o pesquisador.

A pesquisa de Cíntia de Souza Clementino selecionou, em um primeiro momento, marcadores moleculares através de técnicas de otimização e amplificação cruzada para serem úteis no estudo genético dos grupos naturalizados na região Meio-Norte. Logo em seguida, esses marcadores foram utilizados para caracterizar a variabilidade genética das galinhas caipiras pesquisadas no núcleo.

O Núcleo de Conservação de Galinhas Naturalizadas, instalado na sede da Embrapa Meio-Norte, em Teresina, tem hoje um plantel com 426 aves adultas em reprodução. Cinco grupos já estão caracterizados e têm origem na região Meio-Norte. São eles: Graúna Dourada, Brejeira, Teresina, Nordeste e Sertaneja. Este, para a produção de ovos com coloração azul.

O braço multiplicador do projeto já alcançou treze municípios do Piauí e nove do Maranhão. Os núcleos já estão montados e funcionando como unidades demonstrativas em áreas de produção coletiva e em assentamentos. A meta, segundo Firmino José Barbosa, coordenador do núcleo central, é ampliar as unidades demonstrativas em pelo menos 100 por cento este ano.