Pesquisa
22/06/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:26am
A pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Agropecuária Oeste), Márcia Mayumi Ishikawa, aconselha prioridade na higiene, acompanhamento da qualidade da água e um treinamento de mão-de-obra específico para os períodos de temperaturas mais amenas. Evitar sobras de ração é importante para manter a sanidade nos tanques. Em contrapartida é necessário utilizar uma ração de boa qualidade e, de preferência, específica para o inverno.
Outra ferramenta que o piscicultor pode adotar como prevenção é o monitoramento parasitológico e hematológico dos peixes que pode ser feito com as amostras de água do viveiro, de sangue dos peixes ou de alguns exemplares suspeitos de estarem doentes. A observação e o monitoramento utilizando a hematologia e exames parasitológicos podem ser realizados antes mesmo que a doença se instale no viveiro.
Uma pesquisa do laboratório de piscicultura da Embrapa Agropecuária Oeste demonstra que as ações preventivas constantes na propriedade e, principalmente, as boas práticas de manejo são muito mais eficientes do que o tratamento. Na maioria dos casos de mortalidade de peixes acompanhadas pelo laboratório de piscicultura da Embrapa, a causa do problema foi decorrente de fatores ambientais, ou de manejo, e não biológico como bactérias, fungos, parasitas ou vírus. Os resultados mostram ainda que o tratamento indiscriminado com medicamentos, como antibióticos, devem ser evitados. O ideal é procurar um técnico ou profissional habilitado.