Nutrição

10/06/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:26am

A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) alerta os criadores que o uso da cama aviária como complementação alimentar do rebanho baiano está proibido. A "cama-de-frango" usa dejetos, penas e resíduos de ração das granjas.

Apesar de ser uma opção mais barata, a complementação alimentar dos bovinos com produtos com proteína ou gordura de origem animal pode transmitir a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), mais conhecida como "mal da vaca louca".

Diante desse cenário, a Bahia foi o primeiro estado a determinar, através da Portaria Estadual 441/2008, a proibição da cama-de-frango. A portaria entrou em vigor no início de 2009, com apoio do Ministério da Agricultura.

Não há registros de ocorrência da EEB no país, pois o sistema de alimentação do rebanho brasileiro utiliza, majoritariamente, capim. "O importante é que o criador esteja consciente de sua responsabilidade e seja nosso parceiro".

"Só assim manteremos o rebanho sadio e a população livre de doenças", disse o diretor-geral da agência, Cássio Peixoto. O mal-da-vaca-louca é considerado uma zoonose, ou seja, enfermidade que pode ser transmitida ao homem por carne contaminada.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam para mais de 200 pessoas mortas pela contaminação da doença em todo o mundo. Por isso a Adab realiza um intenso trabalho de fiscalização para evitar que chegue à Bahia.

Também foi proibida a importação de animais vindos de países com registro da EEB e a Adab realiza fiscalizações no abate de bovinos, caprinos, ovelhas e bubalinos, além de exames em animais com suspeita de doenças nervosas.