Novos casos de raiva no RS

26/02/2014 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:57am

Novo foco de raiva bovina, desta vez em São Pedro do Sul, deixa pecuaristas e a Secretaria da Agricultura (Seapa) em alerta. Pelo menos 30 animais morreram no interior do município. O diagnóstico foi confirmado após análise de material enviado para o Laboratório de Patologia da UFSM. Veterinário da inspetoria do município, Flory Coelho Filho relata que, logo após os óbitos, os técnicos identificaram uma casa abandonada com 34 morcegos hematófagos na localidade de Serra Alegre. Contudo, pelo comportamento dos animais, o refúgio não é a origem do foco. As buscas por cavernas em um raio de 10 quilômetros continuam.

Hoje, técnicos do Núcleo de Combate à Raiva da Seapa estarão em Brochier para verificar novos casos. Neste mês, as equipes ainda confirmaram a morte de 13 bovinos em Taquari. Também foram confirmados focos em Venâncio Aires, Vale Verde e Rio Pardo.

Frente ao avanço da doença, a Seapa emitiu alerta sanitário orientando os produtores a vacinarem os rebanhos nas regiões de risco, ou seja, localidades onde houver montanhas ou histórico de ataque de morcegos. Apesar de confiar na eficácia do plano de controle adotado, o governo avalia a possibilidade de tornar a vacina contra a raiva obrigatória ao Rebanho bovino e equino. "É uma possibilidade que está em discussão", ventila o coordenador do Programa Nacional de Controle da Raiva, Nilton Rossato. A principal dificuldade está em exigir a imunização de forma integral para o Estado, onde apenas algumas regiões sofrem ataques. "Não existe seguro mais barato do que a vacina", salienta o Veterinário Udo Erhardt. "Vacinar é importante, mas torná-la obrigatória precisa ser discutido", pontua o presidente da Fetag, Elton Weber. O diretor da Farsul, Carlos Simm, se mostra mais favorável. "É um problema relativamente fácil de contornar com a vacina, que é uma solução simples, pois não é caro, e evita dano muito grande."