No Dia Nacional do Pecuarista, CFMV comemora crescimento econômico do setor
15/07/2020 – Atualizado em 30/10/2022 – 9:27pm
Em 2008, a Lei nº 11.176 criou o Dia Nacional do Pecuarista, instituindo 15 de julho para celebrar a data, anualmente. O CFMV homenageia mulheres e homens da pecuária brasileira, empreendedores do campo que tornaram o Brasil uma potência de exportação de carnes e produtos lácteos. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que representa 32 empresas responsáveis por 92% da carne negociada para os mercados internacionais, o Brasil produz dez milhões de toneladas de carne bovina. Desse total, 20,8% são negociados para dezenas de países em todo o mundo.
Responsáveis por um setor próspero economicamente, os pecuaristas empregam médicos-veterinários e zootecnistas nas mais diferentes áreas de cuidados com os rebanhos: da saúde dos animais, melhoramento genético e manejo reprodutivo até a inspeção em matadouros e frigoríficos. Também são os profissionais capacitados para lidar com o gerenciamento de resíduos e projetos de sustentabilidade ambiental, com foco na preservação e conservação das espécies.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil tem 66% das terras conservadas e a tecnologia na área agropecuária tem permitido produzir cada vez mais usando uma área menor. Prova disso são os sistemas de integração, desenvolvidos pelo Mapa, por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para ampliar o reflorestamento e, ao mesmo tempo, promover a recuperação de pastagens degradadas. Agregam diferentes sistemas produtivos, como os de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia. A integração, além de reduzir a abertura de novas áreas para fins agropecuários, diminui o uso de agroquímicos e o passivo ambiental.
Com esses sistemas, no período de 2010 a 2018, 32 milhões de hectares de pastagem (20% do total no Brasil) tiveram a qualidade melhorada, conforme dados do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), da Universidade Federal de Goiás (UFG). Estima-se que quase um terço (dez milhões de hectares) foram pastos com altíssimo grau de degradação, que hoje estão recuperados. No mesmo período, também houve um crescimento de quase seis milhões de hectares de áreas com sistemas de produção integrada.
Para os pecuaristas brasileiros, responsáveis pela posição de protagonismo do país no mercado mundial de carne bovina, o CFMV celebra a data reconhecendo o papel da atividade que representa 8,5% do PIB do Brasil. O conselho também destaca que o conhecimento e trabalho dos profissionais da Medicina Veterinária e Zootecnia fazem parte desse resultado. Eles atuam pelo crescimento da pecuária, garantindo uma produção com rigorosos padrões de qualidade, focada na sanidade dos rebanhos, na segurança dos alimentos de origem animal e na sustentabilidade dos pastos.
Assessoria de Comunicação do CFMV