Meio Ambiente
26/11/2009 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:28am
Grande quantidade de cardumes mortos cobriram os afluentes do Rio Solimões, perto de Manaus, por causa da estiagem.
Os peixes se debatem nas margens e acabam presos na lama. É o mesmo destino das arraias.
O fenômeno começou no fim de semana e vem se agravando. Já são centenas de toneladas de cardumes mortos em lagos, igarapés e afluentes do Rio Solimões.
O cenário se repete ao longo de 40 quilômetros. Segundo os ribeirinhos que vivem na região, o desastre natural é comum todos os anos, desde a grande seca de 2005.
Como este ano o volume dos rios não baixou muito, os moradores acreditavam que os peixes fossem resistir. Só que a mortandade foi ainda mais intensa.
De julho a outubro, choveu menos da metade do esperado na região próxima a Manaus.
Sem nuvens para bloquear a entrada do sol, e sem chuva para resfriar a água, a temperatura foi aumentando na superfície e no fundo do rio, que ficou quase sem oxigênio.
A partir de hoje, as aulas serão suspensas na região.
Para chegar às escolas, 2,6 mil crianças tinham de atravessar os lagos repletos de cardumes em decomposição.
A prefeitura de Manaquiri decretou estado de emergência. Além do prejuízo na pesca, os ribeirinhos estão sem água para tomar banho, cozinhar e beber.
A situação só deve ser normalizada em janeiro com o novo ciclo de cheia. Até lá, a própria natureza deve recuperar o que foi perdido.
Fonte: Zero Hora