medidas

20/07/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:43am

Apesar de novas medidas, como a fixação do preço mínimo da carne, anunciada ontem pelo governo federal, a crise na Suinocultura ainda preocupa. Produtores entendem que as ações têm efeito restrito e preparam campanha para incentivar o consumo do produto.
Apressão é pelo pagamento do subsídio direto ao criador na venda do animal vivo, o que segue em negociação com o Ministério da Fazenda. Com o preço da carne fixado em R$ 2,30 o quilo, o governo federal promete garantir a subvenção de até R$ 0,40. Serão realizados leilões via Prêmio de Escoamento de Produto e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor, para escoar 50 mil toneladas do produto.

– É uma medida de efeito colateral, que não atinge diretamente o suinocultor, em especial os independentes – avalia o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador.

Só no Estado são 10 mil produtores, 85% deles integrados. Estimativa da Acsurs aponta que as dívidas nos bancos chegam a R$ 44 milhões. Com o custo de produção em R$ 2,60 o quilo e o preço recebido entre R$ 1,80 e R$ 1,90, os criadores amargam uma das piores crises. Mas na avaliação do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, as medidas atendem aos anseios do setor e devem amenizar os prejuízos.

Outra questão é o acesso às medidas já anunciadas, que dependem da aprovação do Conselho Monetário Nacional, no dia 26. É o caso da prorrogação das dívidas. Por isso, o Ministério da Agricultura encaminhou um ofício à Federação Brasileira de Bancos antecipando as decisões e pedindo que as dívidas não sejam executadas até essa data.

Representantes do setor debateram ainda com a Associação Brasileira de Supermercados a criação de uma campanha nacional. A ideia é baixar o preço, estimulando o consumo anual, hoje de 15 quilos por pessoa. A ação deve começar em dois meses.