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26/05/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:10am

Não são apenas os seres humanos que apreciam uma boa música para relaxar. Os animais também provam que gostam de som. O método já é utilizado em várias propriedades rurais como uma alternativa para melhorar o comportamento e o desempenho das criações, e os resultados são surpreendentes. O produtor de Linha Carlos Barbosa Tadeu Dalberto decidiu apostar no método e, pelo jeito, não se arrependeu.

Assim que decidiu criar suínos, há dois anos, Dalberto adotou a música como ferramenta de trabalho. “Sempre ouvia falar que a música ajudava a acalmar os animais e, por isso, resolvi arriscar. E deu certo. Notei que eles ficam quietos quando o rádio estava ligado”, destaca. O produtor lembra que um dia esqueceu de ligar o aparelho para os suínos e quando chegou ao chiqueiro os animais estavam agitados. “Eles estavam brigando, mas foi só ligar o rádio que se acalmaram”, conta.

Dalberto liga o rádio em uma emissora qualquer de manhã bem cedinho, quando vai colocar ração para os animais, e só desliga à noite. “Desligo para que eles possam dormir. Esse é um horário em que ficam quietos por conta, já que têm medo do escuro”, ressalta. O agricultor nem pensa em parar com o método. “É uma fórmula simples, pois basta deixar o rádio ligado e pronto. É muito melhor de trabalhar, pois consigo tratá-los com facilidade”, ensina.

É uma terapia

De acordo com o técnico da Emater/RS-Ascar Rubi Borsatto, a música é uma terapia para os animais. No caso do leite, exemplifica, o som acalma as vacas e elas apresentam melhoria na produção. “Já realizamos alguns testes de ordenha com música e sem ela. Nas vezes em que colocamos música, as vacas liberaram o leite mais facilmente. Os resultados foram surpreendentes”, comenta.

A tranquilidade e o relaxamento dos animais são os principais fatores que motivam a iniciativa. “Quando colocamos música nos chiqueirões, estrebarias ou aviários notamos que eles ficam mais calmos. Com a música, eles se acostumam com o barulho e não se assustam facilmente”, ressalta. Porém, Borsatto ressalta que é preciso ter cuidado com o estilo musical. “Não se deve colocar uma música muito agitada senão o efeito será ao contrário”, recomenda.