Macacos

20/11/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:10am

Estudo aponta que macacos também passam por crise da meia-idade

No estudo, foram avaliados chimpanzés de diferentes zoológicos: queda da felicidade com o fim da juventude
O homem não é o único animal a entrar em crise na meia- idade. Chimpanzés e orangotangos também sofrem quando se despedem da juventude, segundo um estudo publicado na edição de hoje da revista da Academia de Ciências dos Estados Unidos. A pesquisa sugere que os padrões de bem-estar ao longo da vida já poderiam existir no ancestral compartilhado por seres humanos e grandes símios.
De acordo com os autores, sabe-se que um gráfico que representasse a felicidade dos homens acompanharia a forma de um “u”, sendo mais alto na juventude, baixando na meia-idade e voltando a crescer durante a velhice. Esse mesmo modelo foi observado em 508 macacos que vivem em zoológicos e santuários dos EUA, do Japão e da Austrália. O bem-estar dos animais foi medido por tratadores, voluntários e cientistas que conheciam bem esses primatas, o que facilitou na hora de atribuir a eles um comportamento mais indicativo de felicidade ou de tristeza.
“Nós queríamos entender um famoso enigma científico: por que a felicidade do homem segue um padrão em forma de “u” ao longo da vida? Acabamos mostrando que isso não pode ser atribuído a lutos, divórcios, telefones celulares ou qualquer outra parafernália da vida moderna. Os macacos também sofrem de uma qualidade de vida baixa na meia-idade, e eles não têm nada disso que nós temos”, argumenta Andrew Oswald, economista da Universidade de Warwick que participou do estudo.