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26/06/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

Foz do Iguaçu Existem muitos lugares no Brasil que realizam trabalho de proteção animal, mas o Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, é referência internacional na atividade. De propriedade da alemã Ana Croukamp, radicada no País há 17 anos, o local mantém sob guarda, autorizada pelo Ibama, 140 espécies e 850 animais, sendo a grande maioria Aves, mas também répteis. A diretora do parque, bióloga Iara Barros, diz que 46% dos bichos são oriundos de apreensões, vítimas de maus-tratos e do tráfico.

"Nos 17 anos de atividades, já passaram pelo parque cerca de 3 mil animais. Tem bicho que chega muito maltratado, cego, com as asas cortadas. São apreendidos pelo Ibama, ICMBio e Polícia Florestal. Tratamos dos animais e, quando recuperados, podem ser reinseridos no ambiente ou permanecerem no parque", explica ela, destacando que o local também realiza um excelente trabalho de reprodução das espécies ameaçadas, tais como a ave Jacutinga, a Arara-Azul, o Papagaio de peito roxo e a Ararajuba. "Temos um bom nível de reprodução dessas espécies".

O parque é privado. Tem custo mensal médio de R$ 700 mil e uma equipe de 128 funcionários, entre biólogos, veterinários e demais profissionais. Está no roteiro das atrações turísticas de Foz do Iguaçu e, durante a programação do Festival Internacional de Turismo das Cataratas do Iguaçu (FIT Cataratas), foi visitado pelos participantes e imprensa convidada.

Segundo Iara Barros, cerca de 350 mil turistas visitam o parque por ano, mas a meta é atingir um público de 400 mil visitantes, vindos de todo o mundo. O local é classificado como zoológico e trabalha sob quatro pilares: conservação, educação, pesquisa e lazer", explica a bióloga.

Cerca de 30 mil alunos visitam o parque por ano, com o objetivo de realizar estudos. "O parque também é um grande laboratório de pesquisas para monografias e demais trabalhos científicos. Oferecemos lazer mas também dispomos de uma grande ferramenta de pesquisa. Queremos tocar o coração das pessoas, conscientizando sobre a necessidade de preservação dessas espécies. Queremos mudar a mentalidade dos visitantes", afirma Iara.