Leite

24/10/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:04am

O leite consumido em São Paulo é um dos mais baratos do planeta, em média US$ 1. O valor está na contramão do alto custo de vida dos paulistanos, que hoje vivem na 10ª cidade mais cara do mundo. A conclusão é da Associação Leite Brasil, com dados da consultoria Mercer e do Instituto de Economia Agrícola (IEA).

O estudo da Leite Brasil comparou os preços do leite fluido (longa vida e pasteurizado) consumido no país com outras importantes cidades do mundo. O maior valor para um litro de leite foi encontrado em Pequim, na China, que atingiu US$ 3,76. O segundo lugar é ocupado por Tóquio, no Japão, com US$ 2,70, e o terceiro foi ocupado por Sydney, na Austrália, com US$ 1,83 o litro.

Em uma amostragem focando 16 cidades importantes dos Estados Unidos, 11 delas possuem o litro de leite mais caro que em São Paulo. O preço mais barato foi encontrado em St. Louis e Cleveland, com US$ 0,91 por litro, e o maior em Honolulu, com US$ 1,90.

Também para efeito de comparação, no Brasil, o leite longa vida (UHT) representa cerca de 76% do consumo de leite líquido, diferentemente da Bélgica (97%), Espanha (96%), França (96%) e Portugal (93%).

Segundo Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, os fatores considerados mais poderosos na formação dos preços deste alimento são a redução na oferta de matéria-prima, as margens dos supermercados, o custo de produção de leite e derivados e a renda do consumidor. A soma desses fatores representa 84% das forças que influenciam a variação dos preços. Outras variantes são estoques, importações, preços internacionais de lácteos e de commodities.

“Em cada país, os fatores que pesam no nível de preços do leite vêm de forças diferentes, mas os impactos exercidos pelas distorções nas políticas internas e comerciais são muito fortes. Mesmo assim, eles acabam praticando preços superiores aos do Brasil”, afirma Rubez.