Internacional

11/12/2020 – Atualizado em 11/12/2020 – 8:03pm

Balanço triênio 2017-2020 > Inovação

A primeira boa notícia para as profissões veio da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que concedeu ao Brasil o certificado de País livre da febre aftosa com vacinação. O anúncio foi feito durante a 86ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da OIE em Paris, na França, em maio de 2018. O encontro reuniu delegados dos 181 Países Membros e o CFMV esteve presente nesse momento histórico, 123 anos após o primeiro registro oficial de febre aftosa no Brasil, em Minas Gerais.

Em agosto de 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) começou a segunda fase e passou a reconhecer seis estados brasileiros como áreas livre de febre aftosa sem vacinação: Acre, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia, 14 municípios do Amazonas (Apuí, Boca do Acre, Canutama, Eirunepé, Envira, Guajará, Humaitá, Itamarati, Ipixuna, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini e parte do município de Tapauá) e outros cinco municípios do Mato Grosso (Rondolândia e partes de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína). A medida abre a perspectiva de novos mercados para a carne bovina brasileira e a possibilidade pleitear o reconhecimento internacional pela OIE, assim como foi concedido para Santa Catarina em 2007.

Entidades

O CFMV também retomou o protagonismo na Associação Panamericana de Ciências Veterinárias (Panvet). O conselheiro efetivo Cícero Pitombo foi eleito por unanimidade para representar o Brasil no conselho diretivo da entidade, durante a Assembleia Ordinária de Delegados da Panvet, em 15 e 16 de novembro, no Chile. Na ocasião, o CFMV propôs moção contrária ao número crescente de cursos de Medicina Veterinária e aos cursos de educação a distância na área de Saúde. O texto foi aprovado por todos os representantes dos 11 países membros presentes, entre ele Estados Unidos e Canadá. Durante a pandemia, o CFMV esteve presente na Assembleia Extraordinária da Panvet, em abril de 2020.

Com mandato em 7 de abril de 2020 até maio de 2022, o conselheiro efetivo do CFMV, Cícero Pitombo, foi eleito o representante da América Latina para a Associação Mundial de Veterinária (WVA). O secretário-geral do CFMV, Helio Blume, concorreu à presidência da WVA com candidatos dos Estados Unidos, Europa e África. Rafael Laguens, da Espanha, representante Federação de Veterinários da Europa, levou a cadeira de presidente.

Laureados

O médico-veterinário brasileiro Adroaldo José Zanella recebeu o prêmio de Bem-estar Animal da Associação Mundial de Veterinária (WVA), sendo o primeiro brasileiro a ser condecorado pela entidade internacional. Um reconhecimento por mais de 30 anos de dedicação à pesquisa do papel de fatores ambientais no comportamento animal e no desenvolvimento de métodos para medir o bem-estar em sistemas de produção. Ele foi indicado pelo CFMV, sendo o grande vencedor da América Latina. Recebeu o prêmio durante o 34º Congresso Mundial de Veterinária, em Barcelona, na Espanha, em maio de 2018.

O reconhecimento internacional também chegou para as mulheres. A médica-veterinária brasileira Ekaterina Rivera recebeu o prêmio internacional Charles River 2020. Foi a primeira vez que um profissional de fora dos Estados Unidos recebeu a premiação internacional concedida anualmente em reconhecimento ao trabalho e contribuição de médicos-veterinários à Medicina e à Ciência em Animais de Laboratório.

Ekaterina é pesquisadora da Universidade Federal de Goiás (UFG), presidente da Comissão de Bem-Estar Animal do CRMV-GO, e representante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) dentro do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Pioneira nas questões de experimentação animal no Brasil, ela foi a primeira médica-veterinária a receber o título de pesquisadora emérita do CNPq pelo conjunto da sua obra científico-tecnológica.

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