Internacional
14/07/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:26am
No próximo dia 21, autoridades ligadas aos departamentos de saúde animal do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina vão se reunir no Uruguai para solicitar a Organização Internacional de Epizootias (OIE), via Conselho de Veterinária Permanente (CVP) o término da Zona de Alta Vigilância. Previsão é que organismo internacional dê resposta até o final de setembro.
Em reunião secreta, o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Jamil Gomes de Souza esteve na Superintendência Federal de Agricultura (SFA), no dia 8 de julho, com representantes da Iagro, Seprotur, Famasul e da própria superintendência para discutir sobre a ZAV.
As lideranças ligadas à saúde animal em Mato Grosso do Sul discutiram algumas estratégias/ propostas que serão apresentadas no encontro que acontece no Uruguai. Sem dar detalhes da reunião, o superintendente da SFA, Orlando Baes classificou de “segredo de estado” os itens que serão apresentados no encontro internacional do dia 21.
Atualmente, o Conselho de Veterinária Permanente é presidido pela Argentina e este terá a função de encaminhar para a OIE o documento que solicita o término da ZAV. “Até o final de setembro a OIE vai nos dar uma resposta positiva ou não”, explica Orlando Baes.
Documento – Orlando Baes explica que o documento será desenvolvido em harmonia pelos quatro países. Nele vão constar todas as ações desenvolvidas até agora no que diz respeito à sanidade animal, em especial nas fronteiras com o Paraguai.
Dos quatro países, Brasil e Paraguai são os maiores interessados no término da ZAV, mesmo que a OIE ainda imponha algumas exigências, inclusive os dois possuem o mesmo status sanitário, uma vez que ambos são livres de febre aftosa com vacinação.
Desde o ano passado, os pecuaristas que criam gado em fazendas que estão dentro da ZAV estão mostrando publicamente sua insatisfação com as normas impostas. Uma das reclamações é que o processo é muito burocrático para a retirada de gado destas propriedades. Isto faz com que estes animais sofram até desvalorização no mercado.
Outra questão é que a ZAV não é considerada livre de aftosa mesmo com a vacinação, o que gera prejuízos incalculáveis porque os frigoríficos evitam comprar animais e quando fazem, oferecem subpreços.
ZAV – Criada há quase três anos a ZAV compreende uma área de 15 km na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e Bolívia, com o objetivo principal de coibir a entrada irregular de animais oriundos dos países vizinhos, na época, acusados de serem responsáveis pelo aparecimento da doença no território brasileiro. (Com informações do Jornal Agroin).