Internacional

17/06/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:26am

Doença das vacas loucas, febre aftosa, gripe suína, gripe aviária: uma longa série de epidemias e alertas que afectou as explorações agrícolas da Europa nas últimas duas décadas, às vezes com efeitos devastadores. Estas crises chamaram a atenção para a importância da rastreabilidade, ou seja, a possibilidade de rastrear os alimentos durante todas as fases de produção, transformação e distribuição. Todavia, muitos dos consumidores ainda desconhecem as vantagens da legislação da União Europeia (UE) na matéria, que a indústria alimentar considera muitas vezes exagerada.

De 14 a 20 de junho de 2010, os países da UE organizam vários eventos destinados a promover uma maior sensibilização para a rastreabilidade, que é este ano o tema principal da Semana Veterinária da UE. Em Bruxelas, a semana começou com uma conferência de dois dias sobre uma série de questões, como a aposição das marcas auriculares electrónicas no gado ovino e a rastreabilidade na agricultura biológica e o comércio mundial.

A rastreabilidade ajuda as autoridades a conter ameaças ao abastecimento e segurança alimentar, resultantes quer de animais doentes quer de alimentos contaminados. A rastreabilidade também ajuda a garantir a origem de especialidades regionais como o presunto ibérico ou a carne de vaca irlandesa.

Desde 2002, a UE exige que todas as empresas da indústria de alimentos para consumo humano e animal sejam capazes de identificar rapidamente as fontes e o destino dos seus produtos. Os produtores devem também notificar as autoridades sobre riscos eventuais e retirar do mercado os produtos afetados.

"Hoje em dia tomamos como adquirido o fato de poder conhecer a história de um bocado de carne ou seguir uma determinada ovelha na UE e os produtos alimentares em toda a cadeia alimentar" declarou o Comissário da Saúde John Dalli. "Este nível de protecção da saúde dos animais e de segurança dos alimentos não foi alcançado da noite para o dia".