inseminação

13/04/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:20am

Evitar o trabalho de observação de cio, sincronizar os nascimentos do rebanho e diminuir o intervalo entre partos são os principais objetivos da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), técnica desenvolvida nos Estados Unidos nos anos 90 e que chegou ao Brasil no início da década passada

Segundo a médica veterinária da Ourofino Agronegócio, Alessandra Ambrósio Teixeira, cerca de 9% do rebanho brasileiro são inseminados artificialmente e metade dele, por meio do IATF. Mestre em reprodução animal pela USP, ela explica que o método é amplamente utilizado para gado de corte, devido à dificuldade de detecção de cio.

A técnica consiste em submeter as vacas a tratamento com hormônios reprodutivos cerca de 45 dias após o parto. O protocolo dura cerca de 10 dias, sendo que, no último, elas são inseminadas artificialmente. Após isso, os animais são soltos no pasto e submetidos ao repasse com touro finalizando a estação de monta com intuito de garantir a prenhez.

Segundo Alessandra, um estudo feito com 5 mil vacas pelas empresas Geraembryo e Firmasa revelou que 50% delas ficaram prenhas da IATF e outras 18% do primeiro repasse com touro garantindo a prenhez no começo da estação. Além do alto índice de prenhez, o método, de acordo com a veterinária, permite aos produtores obterem um bezerro por vaca num prazo de 12 meses. ”É um grande avanço se considerarmos que o intervalo médio entre um parto e outro no Brasil é de 17 meses”, afirma.

Ela ressalta que, a cada cio perdido sem gestação, haverá um atraso de no mínimo 21 dias para o nascimento de um novo bezerro. O custo dos hormônios, por vaca, de acordo com a veterinária é de R$ 22. (N.B.)