Indústria animal tem nível de biossegurança para produção de vacinas contra covid-19
30/03/2021 – Atualizado em 30/10/2022 – 9:02pm
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) repudiam a fala do ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gonzalo Vecina Neto, em reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, no domingo (28), intitulada “Prometida para o fim do ano, autossuficiência na produção de vacinas é desafio para o País”.
Ao ser questionado sobre a produção de vacinas de covid-19 em fábricas de imunizantes para gado, Vecina disse: “Eu acho isso uma bobagem”, disparou. “As vacinas animais são feitas com muito menos cuidado do que as vacinas humanas; as boas práticas veterinárias são muito mais frágeis do que as voltadas para a saúde humana.”
A fala de Vecina está equivocada e demonstra completa ignorância em relação ao tema. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), a indústria brasileira de saúde animal possui três plantas com nível de biossegurança 3 (NB3+). Elas são reguladas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e cumprem as regras de boas práticas de fabricação e biossegurança estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como sistemas de biocontenção, estanqueidade das instalações, tratamento de ar e efluentes e controle de entrada e saída de pessoal e materiais.
As fábricas de vacinas para uso veterinário instaladas no Brasil possuem capacidade instalada para a produção local de um volume expressivo de vacinas para a população, garantindo a vacinação massiva, sem prejuízo à biossegurança.
Assessoria de Comunicação do CFMV e do CRMV-SP, com informações do Sindan