Implante
23/03/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:20am
Ponto de encontro do implante com osso é revestido por células epiteliais.
Procedimento ainda não foi testado em humanos.
Pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, criaram uma técnica "in vitro" para preencher partes de próteses para membros como braços e pernas com células da pele. Os procedimentos podem impedir, no futuro, a entrada de bactérias no corpo de pacientes amputados.
Com um feixe de elétrons lançado no ponto de encontro do implante com o osso, os pesquisadores criaram um revestimento de titânio de 20 nanômetros (um nanômetro é igual a um metro dividido em um bilhão de partes) em formato rugoso, que imita os contornos naturais da pele.
Este formato faz com o corpo seja "enganado" pela prótese e comece a povoar a região com queratinócitos, células que formam a pele dos humanos e são responsáveis pela produção de queratina.
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Avanços da nanotecnologia trazem novas esperanças para enfrentar câncerA infecção de pessoas com braços e pernas artificiais por micro-organismos costuma acontecer exatamente no ponto de contato entre a prótese e os tecidos naturais do corpo. Segundo Thomas Webster, professor de engenharia e ortopedia na universidade e coordenador do estudo, o procedimento impede completamente a presença de bactérias já que não há espaço por onde elas possam penetrar.
Os avanços dos cientistas foram divulgados na publicação científica "Journal of Biomedical Materiais Research A".
A pesquisa foi feita com testes de laboratório feitos "in vitro". Os resultados obtidos mostram que dentro de apenas 5 dias, a densidade de células da pele na superfície do implante dobrou. O número de queratinócitos aumentou tanto que a ligação entre o implante e o osso ficou completamente revestido por uma camada de pele impermeável.
O próximo passo é iniciar os estudos com animais para, no futuro, testar o método em humanos. Mas, para webster, a fase clínica ainda deve demorar alguns anos para começar.