Governo cria Plano Javali com objetivo de conter os prejuízos causados pelos animais no país

28/06/2016 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

O controle, prevenção e monitoramento de espécies exóticas invasoras, como o javali-europeu, motivou a criação de um Grupo de Trabalho pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para coordenar a elaboração do chamado “Plano Javali”.  

O objetivo é mitigar os impactos negativos do javali sobre a biodiversidade nacional, por meio de ações de prevenção, controle e monitoramento do animal, conhecido por causar prejuízos em áreas agrícolas de diferentes regiões do país.  

A ideia é que o Plano Javali seja um instrumento construído de forma participativa e articulada. Serão avaliados, além dos impactos ambientais causados por javalis no Brasil e no mundo, os impactos socioeconômicos e sobre o agronegócio.

Também serão estudadas pelo Grupo de Trabalho a distribuição geográfica do javali no Brasil, destacando as áreas protegidas; o histórico da invasão do animal e suas rotas de dispersão; o histórico das normas de criação e manejo do animal no país; e a estimativa da localização de criadouros e animais em cativeiro.

Farão parte do GT integrantes do MMA, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. A elaboração do documento também prevê a participação de médicos veterinários e zootecnistas.

A previsão é de que o plano seja concluído até o final do ano.

Sobre o javali

Segundo a Embrapa Suínos e Aves, o javali europeu (Sus scrofa) é uma das mais conhecidas espécies de porcos selvagens e um animal considerado exótico à fauna brasileira.
A espécie foi introduzida no país para exploração comercial, porém a atividade não foi desenvolvida, o que resultou na soltura dos animais. Nos ambientes naturais, tornaram-se asselvajados.

Os javalis e seus cruzamentos com suínos domésticos se disseminaram pelo território nacional e em vida livre são considerados nocivos às espécies nativas, ao meio ambiente, à agricultura e à pecuária, além de apresentarem riscos à saúde pública.

A espécie pode ser portadora e transmissora de peste suína clássica e febre aftosa, influenciando diretamente na certificação de carne para exportação.

No Brasil, o animal tem invadido especialmente terras cultivadas, causando prejuízos em diversas lavouras.

Assessoria de Comunicação do CFMV com informações do MMA e da Embrapa