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14/02/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:24am

A escassez de leite associada a pior epidemia de febre aftosa na história da Coréia do Sul afeta hoje às indústrias láctea e de confeitaria, de acordo com fontes do setor.

Representantes das empresas Seoul Milk, Namyang Dairy Product Co. e da Associação de Padeiros disseram que em dezembro as reservas de leite desnatado em pó se situaram em 938 toneladas, de quatro mil 137 no mesmo período anterior, com uma queda de 77,3 por cento.

Essa diferença se atribui ao sacrifício de mais de 34 mil cabeças de gado leiteiro como parte das medidas para combater o reaparecimento da referida doença no país, em 29 de novembro passado.

A produção do mencionado alimento caiu 10 por cento desde então e no caso do leite em pó esta se reduziu a uma taxa mais pronunciada, segundo explicou um executivo de Seoul Milk citado por meios de imprensa locais.

Acrescentou que essa situação causa problemas na elaboração de produtos básicos como a manteiga.

Outras fontes assinalaram que a fabricação de bolachas, tortas, pão e sorvetes começa a se afetar pelo mesmo motivo, no entanto existem planos para utilizar creme congelado importado.

A não ser que a epidemia seja controlada logo, os produtores terão que recorrer a provedores estrangeiros de matéria prima para atender a demanda do mercado local, com o conseguinte efeito de um possível aumento nos preços em detrimento da indústria. Este mal obrigou o sacrifício de mais de três milhões de animais, incluídos porcos, cabras e cervos, e da realização de uma campanha de vacinação em massa, iniciada em 25 de dezembro. Seu custo para a economia nacional estima-se em mais de um bilhão 700 milhões de dólares.

A presença da febre aftosa coincide com uma epidemia de gripe aviária, desde 31 de dezembro passado, que hoje somou mais dois casos em granjas próximas a esta capital.