Exportação

18/07/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:09am

A raça girolando, genuinamente brasileira, rústica, e hoje bastante aperfeiçoada para dar leite, terá seu primeiro registro internacional. O superintendente técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Leandro Paiva, está no Canadá para efetuar esta semana o registro genealógico de cinco machos e uma fêmea nascidos naquele país. Os embriões que deram origem a esses exemplares foram produzidos no Brasil, a partir de acasalamentos feitos com material genético das vacas Grenda das Três Passagens e Engraçada Twist das Três Passagens, ambas do criador Carlos Eduardo Ferreira, e do touro Caxi OG, de propriedade de Vilmar Pereira Pires e cujo criador é Olavo Gonçalves.

Os embriões foram enviados há quatro anos à matriz da central de inseminação Alta Genetics, que fica no Canadá. Hoje, os bovinos têm cerca de dois anos. Agora, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou a associação a efetuar o registro internacional. “A procura pelo sêmen da raça tem crescido significativamente nos últimos anos. As fêmeas atingem boa produção de leite a pasto e são bastante resistentes a parasitas. Tudo isso contribui para tornar o custo de produção baixo”, diz Leandro Paiva.

A iniciativa faz parte de uma estratégia para impulsionar a exportação da genética brasileira. “O Canadá tem protocolo sanitário com quase todos os países, o que vai permitir a comercialização do material genético desses animais para localidades onde o Brasil não consegue exportar”, explica Heverardo Rezende de Carvalho, diretor da Alta, que possui filial em Uberaba