Exigência

21/05/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:48am

Representantes de organizações não-governamentais, veterinários e médicos se reuniram ontem em frente ao Palácio das Artes, região Centro-Sul de Belo Horizonte, para pedir apoio, através de um abaixo- assinado, ao Projeto de Lei 1.738/2011 que determina a vacinação em massa de cachorros contra a Leishmaniose. Pela proposta, que agora depende de decisão do prefeito Marcio Lacerda (PSB), caberá à prefeitura custear a imunização.
Só ontem, 2.000 pessoas assinaram o documento. Os organizadores esperam pressionar o prefeito a sancionar o projeto, de autoria do vereador Sérgio Fernando (PV). "A maioria da população está pensando junto com a gente. É um problema de Saúde Pública", disse a médica Eulália Poblet, uma das coordenadoras do movimento.

Outro adepto do projeto, o Veterinário Vitor Márcio Ribeiro, acredita que, com a vacina, a vida de muitos cães estaria a salvo. "Hoje, a maioria dos cães que pegam Leishmaniose é sacrificada".

A aposentada Maria Ferreira Silva, 74, aprovou a ideia. Ela contou que passou pelo drama de perder um cão vítima da doença. "Ele era meu companheiro por mais de cinco anos, mas ficou doente e eu o perdi".

O grande empecilho para aprovação da proposta é o custo que a medida traria aos cofres municipais. Com um população canina estimada de 300 mil animais, a medida representaria, no primeiro ano, um impacto de R$ 140,4 milhões no orçamento da capital. Uma única dose da vacina chega a custar R$ 150.