Estudo

27/06/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:10am

Por ter uma pelagem espessa, o aquecimento global pode matar o mamífero.

Zonas habitadas pelo ornitorrinco podem ser reduzidas em um terço.

As mudanças climáticas poderão diminuir em um terço as zonas habitadas pelo ornitorrinco na Austrália, alertaram pesquisadores da Universidade de Monash.

Graças a sua espessa pele, o animal consegue viver nas frias profundezas dos rios, mas sua pelagem pode acabar sendo fatal para ele devido ao aquecimento global, adverte um estudo. Esse mamífero semiaquático tem hábitos noturnos, rabo de castor, focinho em forma de bico de pato, coloca ovos e é originário da Oceania.

Os pesquisadores utilizaram dados sobre o clima e o habitat do ornitorrinco durante cem anos para estabelecer a diminuição do número desses animais, relacionada com as secas ou as ondas de calor. A equipe de pesquisadores extrapolou estes resultados segundo várias alternativas climáticas para determinar o impacto das mudanças climáticas sobre a população de ornitorrincos.

"Nosso resultado mais pessimista assinala a redução de um terço dos habitats deste animal", diz a pesquisadora Jenny Davis, cujos trabalhos foram publicados na revista "Global Change Biology".

A pior hipótese dos cientistas assinala um desaparecimento do ornitorrinco na grande ilha da Austrália. Neste caso, essa espécie só continuará vivendo nas ilhas da Tasmânia, Kangaroo e King.