Estudo

01/02/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:24am

Alunos da Faculdade da Terra de Brasília foram surpreendidos, ontem (31), com a notícia de que o Ministério da Educação determinou o fechamento de todos os cursos da instituição.

Agora, eles têm muitas perguntas. “Temos dúvida de para onde iremos. Se vai ficar longe de casa, se o horário da nova faculdade vai bater com o nosso horário. Qual será o preço da mensalidade? O tempo do nosso curso vai aumentar?”, questiona o estudante de veterinária Caio Sales.

Assim como Caio, centenas de estudantes de administração, agronomia, ciências biológicas, engenharia, engenharia de alimentos, história, letras, matemática, veterinária, pedagogia e zootecnia não sabem onde e quando vão concluir os cursos.

“Me esforcei, entrei e hoje não sei para onde vou. Minha principal dúvida é se realmente estou numa universidade. Universidade é coisa séria”, fala o estudante Wedson de Souza, de ciências biológicas.

Séria foi a atitude do Ministério da Educação, que determinou o descredenciamento da FTB. A faculdade vinha sendo analisada pelo MEC desde o ano passado por questões como funcionamento precário, desequilíbrio financeiro e até ação de despejo. Com a decisão publicada no Diário Oficial da União, vai ser obrigada a fechar todos os cursos e transferir os alunos.

Um grupo de estudantes concluiria o curso de medicina veterinária exatamente este semestre. A menos de seis meses da formatura, só faltam o estágio e o trabalho de conclusão. Todos já pagaram duas mensalidades.

“Estamos a seis meses da formatura e o prejuízo pode ser muito grande, com atraso de um ano ou mais. Não sabemos se vamos ter diploma ou se o que a gente fez valeu”, indica o estudante Túlio Aires.

A faculdade não dá informações sobre o que vai acontecer os alunos. As aulas estavam previstas para recomeçar no dia sete deste mês. Por enquanto, quem procura um dos dois campi, volta pra casa com a mesma dúvida que chegou.

“A informação que eu quero saber é se de fato vai ter aula, se a gente vai ter essa situação normalizada ou não”, questiona Helen Costa, aluna do curso de letras.