energia
01/12/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:24am
Funcionalidade científica, sustentabilidade ambiental e arquitetura moderna são características da unidade de Agroenergia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que será inaugurada nesta quinta-feira, 2 de dezembro, às 9 horas, em Brasília. “O prédio foge dos padrões convencionais e dispõe de laboratórios de última geração, que vão contribuir para que o setor energético brasileiro consiga a independência tecnológica que o país precisa para continuar na liderança mundial nesse setor”, destaca o chefe-geral da unidade, Frederico Durães.
Em área de quase dez mil metros quadrados, a unidade tem quatro laboratórios temáticos – Biologia Energética, Processamento e Conversão de Biomassa, Tecnologias de Coprodutos e Gestão do Conhecimento – e conta com o suporte de uma Central de Análises Químicas e Instrumentais e de um complexo de plantas-piloto (para estudo de novas espécies). O projeto foi desenvolvido segundo conceitos ecológicos, incluindo iluminação natural, reaproveitamento das águas da chuva, estudo do regime de ventos locais, tratamento das águas provenientes de laboratório, aproveitamento de resíduos sólidos, climatização por resfriamento evaporativo, cobertura verde, além de aquecimento de água por meio de placa solar.
Os laboratórios
No laboratório de Aproveitamento de Coprodutos e Resíduos, serão desenvolvidos processos industriais de aproveitamento, obtenção de novos produtos e estudo de aplicações alimentares e não-alimentares. Serão aproveitados os resíduos das culturas de interesse energético em escala de laboratório e planta-piloto, agregando valor às matérias-primas residuais e aos bicombustíveis.
No espaço de Biologia Energética, plantas e microorganismos de interesse agroenergético serão caracterizados e, em alguns casos, modificados para aumentar a eficiência na transformação e aproveitamento da biomassa em energia. O uso combinado da bioinformática, da genética reversa e a da fenotipagem de alta precisão darão a tônica desse laboratório.
O Laboratório de Processamento de Matérias-Primas Energéticas integra pesquisas que buscam o aperfeiçoamento de processos industriais de transformação da matéria-prima agropecuária em produtos energéticos, em escala laboratorial e em planta-piloto. As ações de pesquisa focam os pré-tratamentos para as “quebras” e transformações de matérias-primas em etanol, e óleos e gorduras, em biodiesel, por processos que envolvem reações químicas, hidrólise enzimática e fermentação.
O laboratório Central de Análises Químicas e Instrumentais servirá de apoio aos outros laboratórios e plantas-piloto da unidade, por meio do desenvolvimento de métodos, de ensaios e análises de matérias-primas, insumos, produtos em processamento e finais, subprodutos e resíduos, resultantes dos projetos de P&D. Serão realizados experimentos com etanol de segunda geração, biodiesel, bio-óleo e gás de síntese, a partir de fontes alternativas e matérias-primas usualmente utilizadas na produção de biocombustíveis.
“Com a inauguração da sede, a Embrapa Agroenergia terá papel fundamental nessa agenda que foca o talento para a competitividade e a sustentabilidade dos negócios de base tecnológica, na agricultura e agroindústria”, afirma Durães.