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19/01/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:24am
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deve crescer entre 3,5% e 4% em 2011, previsão que, se confirmada, consolida a recuperação da atividade após queda de 5,51% do PIB em 2009, quando o resultado foi influenciado pela crise financeira internacional. Em 2010, as projeções indicam crescimento de 7% do PIB do setor, previsão que considera o resultado acumulado até outubro, que mostra crescimento de 4,67%.
Em outubro, o crescimento do PIB do agronegócio foi de 0,79%, de acordo com estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). A superintendente técnica da CNA, Rosemeire Cristina dos Santos, ressalta, no entanto, que a confirmação da previsão de crescimento do PIB em 2011 depende do tamanho da safra 2010/2011, cuja colheita já começou no Estado do Mato Grosso. A CNA estima que a produção nacional será de 151 milhões de toneladas, volume superior ao colhido em 2010, de 149,25 milhões de toneladas.
A confirmação da estimativa para esta safra vai depender das condições climáticas durante o período de colheita. “O clima é, neste momento, a grande preocupação dos produtores rurais. Por enquanto, as chuvas estão concentradas em algumas regiões, mas a situação pode mudar até o final do período de colheita da safra de verão, no mês de maio”, explica a superintendente
O estudo elaborado pela CNA e pelo Cepea mostra que a produção em alta e a recuperação dos preços melhoraram a rentabilidade dos segmentos em 2010, com ênfase para o básico (produção na propriedade rural), que acumulou, até outubro, expansão de 4,22%. A indústria se manteve na dianteira e, até outubro, acumulou crescimento de 6,55%. O segmento de insumos seguiu se recuperando, mas ainda registrou perdas no acumulado de 2010.
De acordo com dados da Superintendência Técnica da CNA, os custos de produção caíram em 2010, o que favoreceu o resultado positivo do segmento básico. Na média, o custo caiu para R$ 950,00 por hectare em 2010, contra R$ 1.150,00 por hectare em 2009, redução que garantiu uma renda um pouco melhor para os agricultores.