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28/11/2011 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:04am

Os ecossistemas de água doce da União Europeia (UE) estão gravemente ameaçados e precisam de "medidas urgentes de conservação", informou um relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, a sigla em inglês) publicado nesta semana.

Conhecido como "A Lista Vermelha Europeia", o relatório avaliou a situação de 6 mil espécies e concluiu que o problema atinge 44% dos moluscos de água doce, 37% dos peixes, 23% dos anfíbios e 19% dos répteis. Os grandes vilões dessa situação são a poluição, a pesca em excesso, a perda dos habitats e a introdução de espécies exóticas.

No topo do ranking dos ameaçados estão os moluscos, principalmente o mexilhão de água doce Spengler (Auricularia Margaritifera), antes bastante comum e agora confinado a poucos rios da França e da Espanha. Dentre os peixes, o esturjão é o mais afetado, com sete das oito espécies europeias "em situação crítica". O relatório indica ainda que 15% dos mamíferos e libélulas, 13% das aves, 11% de uma seleção de escaravelhos saproxílicos, 9% das borboletas e 467 espécies de plantas vasculares estão agora ameaçadas.

A existência de um plano de ação europeu e de programas de conservação em curso traz, no entanto, "esperanças para o futuro", conforme comunicado da Comissão Europeia. O documento aponta que algumas medidas de conservação deram bons resultados, como a coordenação sobre habitats, que contribuiu para a proteção de zonas naturais.

A espécie Centranthus trinervis, planta endêmica da Córsega, deixou de ser listada na categoria Criticamente em Perigo para figurar na lista de espécies Ameaçadas, apenas. Desde maio, a UE conta com uma nova estratégia para a proteção da biodiversidade local, que pretende contribuir para a agricultura e a silvicultura sustentáveis.