Diversidade
05/10/2010 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:25am
Cientistas divulgaram nesta segunda-feira, dia 4, os resultados do primeiro Censo da Vida Marinha – um estudo iniciado há dez anos que permitiu a descoberta de seis mil novas espécies em potencial.
O projeto internacional, que está ajudando a avaliar como a atividade humana está afetando ecossistemas marinhos antes inexplorados, envolveu mais de 2,7 mil pesquisadores de 80 países, que passaram 9 mil dias em ao menos 540 expedições nos mares.
As pesquisas geraram 2,6 mil trabalhos científicos e a maior compilação existente no mundo sobre a vida nos oceanos.
O estudo “definiu pela primeira vez tanto o que era conhecido como o que era desconhecido e inexplorado nos oceanos”, disse Ian Poiner, presidente do comitê do censo.
“Toda a vida na superfície depende da vida nos oceanos. A vida marinha fornece metade do nosso oxigênio, muito da nossa alimentação e o controle do clima.”
O recenseamento, iniciado no ano 2000, custou US$ 650 milhões e envolveu mais de 670 instituições globais, para tentar responder às questões: O que viveu nos oceanos? O que vive nos oceanos? O que viverá nos oceanos?
Segundo os estudiosos, das 6 mil novas espécies em potencial descobertas, 1,2 mil já foram descritas formalmente.
Mesmo assim, os cientistas do censo dizem que ainda é impossível estimar, com precisão, o número de espécies marinhas existentes.