Dia da Avicultura – Médicos-veterinários e zootecnistas garantem a qualidade do ingrediente principal das melhores receitas
Considerado o segundo alimento mais completo do mundo, ficando atrás apenas do leite materno, o ovo vai muito além da nutrição. É também um ingrediente essencial nas receitas de diversos pratos, como massas, pães, bolos e doces. Na composição do ovo estão contidos os principais nutrientes para o bom funcionamento do corpo: as proteínas, os minerais e as vitaminas.
Atualmente, o brasileiro consome 251 ovos por ano, número maior do que a média mundial. Apesar da preferência, é na hora de comprar e armazenar que aparecem as principais dúvidas do consumidor. Segundo o médico-veterinário José Roberto Bottura, consultor técnico e diretor técnico da Associação Paulista de Avicultura, ao comprar ovos, é importante verificar se na embalagem há o selo de inspeção oficial, que pode ser municipal, estadual ou federal. “É a garantia que esse produto foi inspecionado e está isento de qualquer risco ou perigo higiênico-sanitário que possa afetar ou prejudicar a saúde humana”, diz.
Outro aspecto a ser observado é o armazenamento. “Normalmente, o prazo de validade na embalagem é de 20 a 30 dias. O produto deve estar armazenado em local fresco ou sob refrigeração. Quanto menor a temperatura, mais difícil a contaminação por bactérias. Além disso, é preciso observar a casca. Nunca compre ovo com a casca suja, trincada ou quebrada”, ressalta o médico-veterinário.
Ao chegar com as compras em casa, recomenda-se colocar os ovos, preferencialmente, na geladeira ou em um local limpo, seco e arejado. “Pode-se retirá-lo da embalagem original e guardar em outro recipiente, mas o ovo não deve ser lavado. O ovo que não é devidamente seco pode entrar em deterioração”, alerta Bottura. Sobre a coloração dos ovos, ele informa que “a cor dos ovos não interfere no seu valor nutritivo”.
O consumidor brasileiro está de olho também nas questões de bem-estar animal, conta a zootecnista Michele Mendonça, professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais. “Nós, zootecnistas, estamos diretamente ligados a esses e outros processos na cadeira de produção. Garantimos a sustentabilidade, com qualidade e quantidade, e bem-estar animal”, explica.
Ela esclarece que existem normas técnicas severas para obter a certificação que assegura que determinado produto foi produzido de acordo com todas as regras do bem-estar animal. “O zootecnista é o responsável por garantir essa certificação”, acrescenta Mendonça.
Avicultura
A avicultura é caracterizada pela produção de frangos, galinhas, perus, patos e seus derivados, seja para consumo próprio ou comercialização. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) indicam que o Brasil, hoje, é o segundo maior produtor de galináceos e maior exportador do mundo.
O controle sanitário dos plantéis, o controle de resíduos de medicamentos, a garantia da rastreabilidade dos produtos, o cumprimento das normas de bem-estar animal e de biosseguridade são alguns dos avanços obtidos pela avicultura nacional, fruto da atuação de do Serviço Veterinário Oficial, em conjunto com médicos-veterinários, zootecnistas e outros profissionais.
Zootecnistas e veterinários trabalham para garantir melhoramento genético de raças de aves, oferecendo nutrição balanceada aos animais, com nutrientes suficientes para que produzam alimentos de qualidade. Além disso, o veterinário como responsável pela sanidade dos animais, garante também a inocuidade do alimento.
Celebração
No dia 28 de agosto, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) parabeniza todos os envolvidos nessa cadeia produtiva que, mesmo em meio à pandemia, cresce em números, eficiência e qualidade. Saudamos, em especial, os médicos-veterinários e zootecnistas que nela atuam. Viva a avicultura!
Assessoria de Comunicação do CFMV