Desequilíbrio

19/11/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:10am

Aumentam casos de ataques de animais peçonhentos

No ano passado, foram registrados 139 mil casos e 293 mortes.Em Itapetininga, 16 pessoas foram atendidas após picadas.

No ano passado, foram registrados 139 mil casos e 293 mortes.Em Itapetininga, 16 pessoas foram atendidas após picadas.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde indicam que em dez anos houve 157% de aumento nos casos de ataques de animais como cobras, escorpiões e aranhas no Brasil.

Conforme os dados do Ministério da Saúde, só no ano passado foram mais de 139 mil casos. Desses, 293 mortes. Em Itapetininga (SP), 16 pessoas foram atendidas no ano passado após terem sido vítimas de picadas de cobras, aranhas ou escorpiões.

Entre as moradoras da cidade que temem os ataques está a dona de casa Ereni de Oliveira César. Ela afirma que em frente à casa dela há muito mato alto e acredita que isso pode fazer com que aumente o número de bichos que encontra no quintal dela.

"Há vários transtornos. Rato que vem do esgoto e fica dentro da casa. Aí, eu preciso colocar veneno escondido por causa da criança. Tenho medo que algum pique uma criança. Eu mesma encontrei uma aranha no meu quarto", diz ela.

De acordo com a veterinária Adriana Simões, do Centro de Controle de Zoonoses de Itapetininga (SP), entre as possíveis causas do aumento dos animais peçonhentos estão o desequilíbrio ecológico, a maior quantidade de chuvas e o período reprodutivo dos animais.

"Com o calor os animais peçonhentos tendem a se proliferar mais porque aumenta também a quantidade de alimentos. Os insetos, mais alimentados, se proliferam mais e acabam provocando mais acidentes. Outro fator é o desmatamento e a invasão das áreas com matas pelo homem", afirmou.

Segundo Simões, algumas espécies venenosas comuns na região são o escorpião marrom, o escorpião amarela e a cobra cascavel.

Caso a pessoa seja picada por algum animal peçonhento, a orientação é lavar o local com água e sabão e procurar atendimento médico. A veterinária afirma também que, se possível, é indicado levar o animal que picou para que os médicos possam saber a espécie e utilizar o tratamento correto.

Proteção

Para se proteger de animais peçonhentos é necessário tomar alguns cuidados. Quem trabalha em área externa ou próxima ao mato deve usar botas ou perneiras e, também, luvas.

Dentro das casas, segundo a veterinária, o morador deve tomar cuidado especial com o quintal. É preciso colocar telas na janela, colocar saquinho de areia debaixo da porta, vedar todos os ralos porque, muitas vezes, os animais vêm pelo esgoto disse ela.

Outra forma de se proteger é realizar dedetização. A aplicação, que custa em média R$ 150, varia de acordo com o tipo de inseto ou animal que se pretende combater.

O dedetizador Giovane Aparecido Fogaça, afirma que os produtos mais utilizados são os inseticidas microencapsulados. Eles são mais seguros, principalmente para residências e comércio. Eles combatem todo tipo de inseto rasteiro como barata, aranha e escorpião. Porém, devem ser aplicados apenas com pulverizador ou atomizador elétrica, afirmou.

Segundo ele, a dedetização deve ser feita por profissionais, pois ela pode trazer riscos de contaminação. A dedetização dura em média de quatro a seis meses.

Outros produtos indicados são o gel inseticida, que é aplicado com seringas, e a placa de captura, indicada para ratos.

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