chip

09/11/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:10am

Um chip instalado sob a pele servirá como carteira de identidade para cães e gatos em Camboriú, no Litoral Norte.

Cadastrados e identificados, eles terão uma proteção a mais contra o abandono, problema recorrente na cidade que tem mais de 30 mil animais – praticamente um para cada dois habitantes. Dois veterinários efetivos foram contratados pelo município e um trailer está sendo equipado para o serviço. Os procedimentos gratuitos também incluem esterilização e castração.

O projeto, que tem previsão de iniciar em janeiro, vai passar por todos os bairros da cidade e deve se estender a filhotes e animais adultos, abandonados ou não. A ideia é evitar que cães e gatos sejam transmissores de doenças e vítimas ou causadores de acidentes. Semanalmente, pelo menos três avisos de animais atropelados chegam à Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Camboriú.

– Temos muito problema com animais acidentados e esse é um dos principais motivos para trabalharmos com a posse consciente – diz o secretário Márcio Rosa.

Além dos cães e gatos que vivem na rua, há casos em que o animal, mesmo tendo um dono, tem liberdade para circular, o que o expõe a riscos. Com o chip, os bichos soltos poderão ser identificados por meio de um cadastro, e os donos, responsabilizados.

Projeto pode custar até R$ 200 mil ao ano

A exigência de que todos os animais recebam o chip – e a definição de penalidades para quem se negar ao procedimento – dependerá da aprovação de lei municipal, que deve ocorrer nos próximos meses. Hoje, a comprovação do abandono pode acarretar ao dono um processo por maus-tratos.

A expectativa é que o projeto custe de R$ 150 mil a 200 mil ao ano para Camboriú – um valor que, na avaliação do secretário, reverterá na contenção da população animal.