Cerimônia curta e emocionante marca posse da nova diretoria

17/12/2020 – Atualizado em 30/10/2022 – 9:02pm

Os cuidados impostos pela pandemia da covid-19 levaram um formato inovador para a cerimônia de posse da diretoria 2020-2023 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Realizada na noite de ontem (16), na sede do conselho, com transmissão ao vivo pelo YouTube a solenidade foi acompanhada por cerca de 90 espectadores simultaneamente, em média. O grupo encabeçado pelo presidente, Francisco Cavalcanti de Almeida, iniciou oficialmente o período de três anos de mandato, em clima de otimismo.

Nova diretoria e conselheiros
Gestão CFMV 2020-2023. Clique na imagem e veja o álbum completo de fotos da cerimônia de posse no Flickr

Em seu discurso, o presidente reeleito destacou as conquistas e o árduo trabalho do grupo que atuou, nos últimos três anos, à frente do CFMV. Ele lembrou o diálogo estabelecido com os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs), os demais conselhos profissionais e o respeito conquistado pelo federal nos Três Poderes, em especial, no Legislativo.

Antes de iniciar sua fala, Cavalcanti quebrou o protocolo para lembrar sua origem em Goianinha (RN) e suas frases: o sistema é de todos e não podemos errar. Brincou, citou passagens e de como começou a trajetória da gestão que se encerra. Ressaltou, sobretudo, a importância da união no Sistema CFMV/CRMVs.

“Hoje, com orgulho e tranquilidade, posso dizer que mudamos o conselho. Trabalhamos muito em benefício das duas profissões, sempre visando ao bem da sociedade. É a ela que devemos atenção” afirmou o presidente, último a discursar na cerimônia, que durou uma hora e meia.

Foram apresentados dois vídeos produzidos pelo Departamento de Comunicação para a ocasião: uma retrospectiva da gestão que se encerra e outro sobre as perspectivas do novo mandato. Apesar da restrição no número de convidados, a solenidade de posse foi prestigiada por 70 convidados, entre eles, Josélio de Andrade Moura, presidente Academia Brasileira de Medicina Veterinária (Abramvet), que se colocou à disposição para colaborar com a nova gestão. Ele também mencionou o apoio de entidades, como a Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV) – que enviou um ofício parabenizando a condução do processo eleitoral – e a Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa).

“Acompanhei as dificuldades para alcançar as metas expostas aqui. Você, Francisco, fez um verdadeiro milagre em transformar esta na verdadeira casa da Medicina Veterinária e Zootecnia do Brasil. As coisas estão mudando de forma muito acelerada, os desafios são grandes”, assinalou Moura.

O presidente da Abramvet recebeu, ainda, a tarefa de ler a mensagem enviada pelo senador Wellington Fagundes. O parlamentar desejou sucesso à Diretoria Executiva, destacando o ineditismo que representa a presença da vice-presidente, Ana Elisa de Souza Almeida, no grupo de gestores, ao lado de Cavalcanti, do secretário-geral, Helio Blume, e do tesoureiro, José Maria Filho.

“A reeleição reflete um juízo consciente e uma avaliação positiva dos mandatários do bom uso que fizeram do voto de esperança, transformado em voto de confiança. Esta é uma continuidade na renovação”, observou o senador.

Dever cumprido e desejos de sucesso

A primeira a discursar foi Therezinha Porto, em nome dos conselheiros que encerraram mandato. Ela fez questão de mencionar palavras de todos os membros da gestão que se encerra, agradeceu aos colaboradores e emocionou-se ao citar Nivaldo da Silva, que era seu amigo e ocupava o cargo de secretário-geral quando faleceu, em consequência de um acidente, em novembro de 2018.

“A sensação é de dever cumprido. Superamos desafios, permanecemos coesos, comprometidos, éticos e iniciamos a reconstrução do CFMV sob novas lideranças. Ainda há barreiras, que não são instransponíveis quando há sensibilidade, respeito e diálogo. Não podia deixar de mencionar o professor Nivaldo, que sempre defendeu que aqui é a casa do médico-veterinário e aqui é a casa do zootecnista”, afirmou.

Já o novo conselheiro titular Marcílio Magalhães Vaz de Oliveira pontuou, em nome do grupo que atuará no triênio que se inicia, que a equipe chega com vontade de realizar um trabalho sério tendo como farol a ética. “Defenderemos com garra causas maiores da profissão, angariando apoio e respaldo da nossa comunidade. Mais do que isso, conquistaremos o respeito da sociedade brasileira, que só aceitará a reserva de mercado de trabalho para profissionais que respondam a seus anseios”, asseverou.

Representando os presidentes dos regionais, o médico-veterinário Marcos Neves, do CRMV-SC, desejou que os bons ventos continuem soprando e destacou a presença cada vez mais relevante das mulheres na profissão. E dirigiu-se ao presidente reeleito. “Podemos e devemos ser incluídos nas decisões que têm impacto no sistema. O senhor soube fazer isso muito bem e, agora, tem a oportunidade de ampliar esse diálogo”, afirmou, destacando que a gestão pautada nos princípios da gestão pública são fonte do respeito que a instituição e os profissionais conquistaram recentemente.

Em seu discurso, Ana não escondeu o orgulho, mas mencionou a responsabilidade de trabalhar em prol da Medicina Veterinária e Zootecnia brasileiras, citando o protagonismo crescente das mulheres e sua competência nos mais diversos segmentos. “Hoje damos continuidade às mudanças, com o lema ‘integrar, valorizar e empreender’. Queremos colaborar para uma gestão participativa, integrada, com valorização dos nossos colaboradores e de aproximação com os profissionais, os regionais e, sobretudo, com a sociedade”, assinalou.

No encerramento de sua fala, a vice-presidente recebeu flores do presidente, que se pronunciou, em seguida. Cavalcanti de Almeida lembrou diversas passagens relevantes da gestão que se encerra, inclusive as críticas recebidas e a importância delas para avançar. Agradeceu a todos os que contribuíram ao longo do triênio e conclamou o apoio e parceria de quem chega: “O Sistema é de todos! E reforço: não podemos errar! Vamos seguir coesos, tendo como objetivo maior servir à sociedade e valorizar essas duas profissões tão nobres para o país e para o mundo”.

Ele se emocionou ao dizer que, aos 83 anos de idade, é por amor à profissão, a si próprio e à família que sente a satisfação de servir por meio do conselho à Medicina Veterinária e ao país. “Entrei aqui como se estivesse numa sala escura, fui ligando cada lâmpada e deu no que está aí: o conselho é de todos, o sistema é de todos. Muito obrigado, um abraço!”

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Assessoria de Comunicação do CFMV