CARNE

20/12/2012 – Atualizado em 31/10/2022 – 9:05am

O Brasil deu ontem um passo importante na ofensiva contra o efeito nocivo das suspensões das importações de carne bovina, já anunciada por seis países.
Durante encontro na Organização Mundial do Comércio (OMC), representantes do Ministério da Agricultura tentaram desfazer qualquer mal-entendido acerca da identificação do agente causador do mal da vaca louca no Paraná a uma plateia de diplomatas.

Foi uma nova tentativa de evitar que o embargo à carne bovina brasileira se espalhe.
Além de explicar que o caso registrado em 2010 é considerado isolado e não clássico – a vaca era apenas portadora da proteína que causa o mal, mas não desenvolveu a doença e nem morreu por causa dela -, o governo também apresentou as medidas que estão sendo tomadas.

Do encontro em Genebra participaram representantes de países que adotaram o embargo, como China, Coreia do Sul e Japão, e também da Rússia, Estados Unidos, Austrália, Argentina, Indonésia, Espanha, Suíça, Áustria, Jordânia, Bélgica, Argentina, Paraguai, Chile, Cingapura, Taiwan, Filipinas, Tailândia e Ilhas Maurício.

– Não estamos trabalhando com a hipótese de entrar na OMC contra os países que suspenderam as importações. Sempre é necessário tentar o acordo bilateral antes de partir para a negociação multilateral – disse Célio Porto, secretário das Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.

Hoje, técnicos brasileiros participam de uma reunião em Paris da Organização Mundial de saúde animal (OIE) – que manteve o status de risco insignificante para a doença no Brasil -, e depois se reúnem com representantes do Serviço Veterinário da França.

Em um primeiro momento, o Brasil acionou adidos agrícolas para apresentar explicações sobre o caso.
Além dos países com bloqueios, foram planejadas vinte visitas técnicas aos principais destinos do produto. Nesta semana, serão enviados representantes à China e a Hong Kong e, na semana que vem, ao Irã e à Arábia Saudita.

Até agora, as restrições mais preocupantes foram as do Egito e da Arábia Saudita, terceiro e décimo maiores destinos, respectivamente. Japão, China, África do Sul e Coreia do Sul têm peso pequeno nas exportações de carne bovina brasileira.